Onde está o dinheiro?

A polícia do Piauí montou uma caçada humana, no sentido literal do termo, para dar conta de buscar assaltantes envolvidos em espetacular roubo de banco na cidade de Campo Maior.

Os ladrões não estavam para brincadeira: eram muitos, bem armados e dispostos a riscos muito grandes – daí porque se pode depreender que estavam à cata de um numerário de grande monta, não caraminguás que resultassem em maior perda que ganhos.

Ora, tem-se nove cadáveres, oito presos e um número ainda não definido de bandidos em fuga ou sob investigação pela polícia. O valor até agora apreendido mortos e feridos soma R$ 90 mil e de R$ 229 mil que teriam sido levados pelos bandidos.

Tomando por base o maior valor do numerário, temos uma média de R$ 13,4 mil por bandido preso ou morto. Se considerado somente o valor apreendido, a média de ganho dos marginais é ainda menor: R$ 5,3 mil. Não parece razoável sob o ponto de vista de ganho em uma operação de tão elevado risco que essa gente criminosa tenha se exposto tanto.

Há que se considerar, assim, que falta uma informação nessa cadeia de dados que a polícia tem divulgado: o valor do ervanário disponível nos caixas em Campo Maior, explodidos na Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil na véspera de se iniciar pagamentos de pensionistas e aposentados do INSS.

Por Arimatéia Azevedo

Foto: Divulgação/SSP-PI

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