Por:José Olímpio
Pensei em nunca mais perder o meu tempo comentando a trajetória de políticos ordinários, mas fui obrigado a desistir desse propósito em razão do cinismo, da cara de pau e da falta de pudor do pulha Luiz Inácio Lula da Silva, guru do petismo e principal protagonista dos dois maiores escândalos de corrupção do planeta.
Condenado e preso por corrupção, teve os seus direitos políticos suspensos, mas pouco tempo depois, uma decisão absurda da Suprema Corte abre as portas do presídio e o coloca em liberdade, alegando que prisão só depois do trânsito em julgado, mudando pela terceira vez o seu entendimento sobre a prisão em 2ª Instância.
A decisão, não há como negar, teve o condão de proporcionar a boa vida do ex-presidiário que, solto, mas não inocentado, passa a participar de manifestações públicas de caráter político, atacando os seus desafetos, inclusive autoridades do Judiciário e do Ministério Público, com palavras de baixo calão, se autoproclamando “o mais honesto dos brasileiros”.
Aproveitando a indulgência do STF para cristalizar no inconsciente coletivo a falsa ideia do “prisioneiro político, perseguido pelas elites, pelo Judiciário e pela imprensa golpista”, o ex-presidente não muda o discurso, não demonstra humildade ou arrependimento. É o mesmo boquirroto de sempre.
Como pode o sujeito que está com os seus direitos políticos cassados ou suspensos continuar participando de eventos públicos de natureza político-partidária esculachando a todo mundo, juízes, procuradores, o presidente da República e as instituições?
O autoproclamado pai dos pobres é um cadáver político ambulante que, longe de despertar simpatia, por onde passa provoca asco, nojo. É uma situação triste para quem já chegou a se comparar a Gandhi, Mandela e até a Jesus Cristo!
Lamentavelmente, o legislador constituinte ao inserir na Carta Magna a suspensão dos direitos políticos do gestor pilhado em traquinagens com os recursos públicos estabeleceu apenas a proibição de que “o mesmo possa ser candidato a cargo eletivo ou nomeado para funções públicas.”
Assim deixou uma brecha para que o corrupto continue em plena atividade participando de campanhas, discursando em eventos públicos, dando aulas de “civismo e ética”. É uma lástima!
É o primeiro caso, creio que no mundo, em que um ex-governante preso por corrupção, sai da prisão para os palanques e, em linguagem chula, passa a atacar a tudo e a todos, sem o menor pudor, como se fosse um exemplo de virtude, uma figura íntegra, casta, acima de qualquer suspeita. Qualidades que ele nunca teve. Lula é um sujeito debochado, falastrão, bravateiro e corrupto!
O guru do petismo sabe que não pode ser candidato nem a inspetor de quarteirão e sabe também que em seu grupo e entre os seus aliados não há nomes que mereçam a confiança dos brasileiros, mas insiste na quixotesca ideia de percorrer o Brasil, a começar pelo Nordeste, no intuito de fazer uma revolução, derrubar o governo e implantar aqui um regime bolivariano.
A ideia do ex-presidente, certamente baseada nos ensinamentos de José Dirceu, “o guerreiro do povo brasileiro”, discípulo de Antonio Gramsci, é estabelecer a desordem, a violência e o caos, de Norte a Sul do país, a exemplo do que a esquerda tentou fazer no Chile, de modo a facilitar o retorno do seu nefasto grupo ao poder. Este é o modus operandi da esquerda quando se vê desacreditada e sem perspectivas, aqui e alhures.
Se em plena pandemia, o guru do petismo aproveita para fazer politicagem e incitar a população contra o Governo Federal, acusando Bolsonaro de não cuidar dos pobres, imaginem quando de fato começar a campanha presidencial. O clima, que já é de visível nervosismo, tende a descambar para a violência.
Jair Bolsonaro que, por um triz, escapou da morte na campanha passada, deve se cercar de todos os cuidados na próxima, pois, como diz o ditado, cesteiro que faz um cesto faz um cento. Na primeira vez treinaram um descompensado para praticar o atentado, na próxima, quem sabe, não será um profissional como o que matou o prefeito Celso Daniel e nunca foi descoberto? Todo cuidado é pouco.
O grande responsável pelo aumento da tensão é exatamente o STF, que esquece o papel de guardião da Constituição Federal e assume posições no mínimo equivocadas ou dúbias em relação ao julgamento e condenação de políticos e gestores corruptos, criando um clima de insegurança jurídica e de revolta na população.
Lula, com duas condenações em 2ª Instância, está enquadrado na Lei de Ficha Limpa, inelegível, portanto, para o bem do Brasil e do povo brasileiro. A esquerda, dividida e desacreditada, se agarra ao cearense Ciro Gomes, num abraço de afogados.
Quem viver verá!