Governador reúne bancada para falar sobre empréstimos
A oposição levantou um questionamento, ontem, sobre a capacidade do banco escolhido pelo Governo do Estado para empestar R$ 2,5 bilhões ao Piauí.
Segundo o deputado Gustavo Neiva (PSB), o Banco Brasil Plural, sediado no Rio de Janeiro, não dispõe sequer de um terço desse valor. “O banco tem em seus ativos, ou seja, todo o seu patrimônio, apenas R$ 767,1 milhões”, informou.
Segundo Gustavo Neiva, no ano de 2017, de acordo com os dados do balanço apresentado ao Banco Central, o Banco Brasil Plural teve um prejuízo de R$ 20 milhões em 2018 e, já este ano, em apenas seis meses, o prejuízo chega a R$ 7,8 milhões.
“Como pode um banco que tem prejuízo, ano após ano, querer emprestar dinheiro ao Piauí?”, indagou.
O parlamentar completou: “O capital social do banco é de 143,7 milhões. Como vai conseguir emprestar R$ 2,7 bilhões, me respondam?”, cobrou.
O presidente regional do PSDB, Luciano Nunes, divulgou um vídeo nas redes sociais apresentando também esses dados e questionando: se o Governo do Piauí tem tanta capacidade de pagamento, por que nenhum banco com capital, como a Caixa ou Banco do Brasil, se interessa em emprestar esse dinheiro ao Estado?
O que fazer
Na terça-feira, depois de enviar à Assembleia Legislativo pedidos de quatro novos empréstimos, o governador Wellington Dias reuniu a sua bancada e anunciou uma iniciativa de avanço em áreas estratégicas da administração pública.
Equipes das áreas de educação, saúde, infraestrutura, social, segurança e meio ambiente estão elaborando planos integrados de desenvolvimento, contendo as ações mais urgentes a serem adotadas para elevar qualitativamente o nível dos serviços sob responsabilidade do governo estadual.
O financiamento dos planos, conforme o governador, terá quatro fontes principais. O governo conta com R$ 1,5 bilhão do Fundef para aplicar especificamente na área de educação. Pouco mais de R$ 1 bilhão devem sair por meio de operações de crédito a serem autorizadas pelo parlamento estadual.
Outra parte das ações será paga com recursos próprios do Tesouro Estadual e, por fim, o governo conta também com investimentos privados por meio de parcerias público-privadas (PPPs).