Por:Arimateia Azevedo
O deputado João Madison que se tornou uma espécie de porta-voz oficial do presidente da Assembléia Legislativa do Piauí, tem espalhado aos quatro cantos que o MDB ainda não decidiu qual caminho vai tomar nas eleições de outubro, o que significa dizer que o partido pode ficar onde está, ou se aliar a algum dos oponentes de Wellington Dias. Trocando em miúdos, pode-se imaginar que Themístocles Filho ainda não decidiu o que e como cobrar por não ter sido escolhido o vice, ou ter sido deixado para trás, já que Marcelo Castro pode ser indicado para a disputa de uma das vagas para o Senado. Magoado (com razão) pela escolha de Wellington ter caído em Regina Souza, Themistocles deixa até mesmo escapar que pode não votar em Castro, ou, até mesmo bater chapa na convenção, e que poderia liderar uma coligação diversa da chapa governista. Nessa hipótese, ressurge o vice-presidente João Henrique Souza, que tentou o voo solo da candidatura própria do partido até meados de abril, quando jogou a toalha, e passou a admitir a coligação com o governo. Mas a posição de João Henrique pode também ter parte (ou ouvidos) com o ex-governador Zé Filho, que hoje está no PSDB, de Luciano Nunes. O certo é que o MDB pode estar dividido entre três partes: a que apoia a decisão do governador, e quer Marcelo Castro no Senado; a que deseja levar o MDB para Luciano Nunes; e um grupo que diz querer apoiar o deputado Dr. Pessoa, do Solidariedade. O grande problema é que o MDB não procurou alternativas para a hipótese de não obter o cargo pretendido no governo que não fosse a vaga de vice. Diz-se que a opção de Marcelo pela vaga de senador teria sido um conchavo dele com Wellington e que pode ser derrubada na convenção se assim quiserem Themistocles, João Madison, João Henrique e outros menos notados, tidos como maioria no partido, cujas lideranças municipais nem todas estão satisfeitas com o governo.