O eleitor não deve votar para agradar amigos ou por gratidão pelo favor recebido
POR:Bernardo Silva
Do jeito em que as coisas estão muito claro fica que os políticos não mudarão sua maneira de se comportar, quando o assunto é o uso do dinheiro público. O interesse coletivo abre espaços, cada vez mais, para os projetos de poder, o desejo de enriquecerem a si, a família e aos amigos mais próximos. É assim no Executivo e no Legislativo. Algum político novo que eventualmente se eleja para o exercício de um primeiro mandato, com raríssimas exceções, logo logo se corrompe, deixa-se cooptar, adere aos encantos do dinheiro fácil.
Qual o político atual que, após 4 anos dormindo tranquilamente em berço esplêndido, sem pensar nos problemas da população, apenas mamando nas têtas de governos, merece mais 4 anos de um novo mandato? E por quê não puni-los com o voto contra, fazendo com que eles retornem para a insignficância do seu ostracismo? NA Câmara Municipal de Parnaíba, por exemplo, existem vários vereadores que mostraram, após vários mandatos, que não merecem que o povo continue lhes pagando altos salários e várias mordomias. Afinal, há quase 8 anos o prefeito Mão Santa entregou a cidade para sua filha Gracinha, a usurpadora, e eles, que deveriam fiscalizar esses atos, não disseram nada, num criminoso silêncio, vivendo a expectativa de que fossem chamados pela Gracinha para pleitearem Portarias para distribuírem aos amigos e cabos eleitorais.
E isso é consequência de um voto comprado, coisa que também não vai acabar tão cedo. Comprou o voto, comprou o mandato e o candidato, eleito, não terá mais obrigação nenhuma de se preocupar com aqueles que o elegeram.Só 4 anos depois, quando buscará a reeleição, prática que veio para piorar a qualidade dos políticos, que só vivem a pensar na eleição seguinte. E para conseguirem seus objetivos, são capazes de pisarem no pescoço da mãe deles
A falta de propostas e de propósitos está aí, anos debates, transmidos em cadeia nacional de televisão. O político, mesmo com o “rabo sujo” se acha no direito de apontar o dedo para seu opositor, acusando-o, como se fosse a mais santa pessoa. Tudo hipocrisia que suscita o protesto que, infelizmente, não vem da parte do eleitor. Está chegando a hora de se definir aqueles irão decidir por nós por mais 4 anos. Vai continuar a mesmice? Talvez sim, por culpa única e exclusiva desse bicho insensível chamado eleitor. (BS)