Paes Landim pode ser ponte de Wellington com o Planalto

Por:Fenelon Rocha

O governador Wellington Dias (PT) poderá ter em Brasília uma nova ponte de ligação0 com o governo federal. Trata-se do deputado Paes Landim (PTB), que encerra hoje seu 8º mandato na Câmara dos Deputados. Landim, no entanto, pode ficar pouco tempo sem assento na Câmara, já que há grande possibilidade de retornar ao Parlamento federal como suplente no exercício do mandato. E isso pode ser um aceno importante do Palácio de Karnak ao Palácio do Planalto, ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Paes Landim tem estreita relação com os militares, tanto que quase toda verba que destina a obra de infraestrutura tem como executor o BEC, o batalhão de engenharia e construção do Exército. Assim, dialoga com desenvoltura diretamente com o núcleo central do governo Bolsonaro. Há assessores de Bolsonaro em Brasília que reforçam essa atenção ao parlamentar piauiense. Há também dentro do governo Wellington quem veja com bons olhos esse movimento de deferência ao Planalto.

Paes Landim: retorno do deputado à Câmara pode garantir ponte entre Wellington Dias e o governo de Jair Bolsonaro 

A chance de Paes Landim assumir sempre foi colocada nas discussões políticas, desde o resultado das eleições proporcionais de outubro. Primeiro avaliou-se a possibilidade de Wellington chamar dois deputados federais para cargos no primeiro escalão do Executivo, o que abriria vaga para Merlong Solano (PT) e Landim, primeiro e segundo suplente. Esse cenário mudou e agora a ideia é que o governador chame apenas um deputado federal, no caso o deputado Fábio Abreu (PR).

Nesse caso, a vaga seria para Merlong. Mas ainda assim há chance de Paes Landim ser chamado, já que é bastante provável a presença de Merlong no secretariado a ser formado após a reforma administrativa. Aí, então, o decano dos deputados piauienses manteria a cadeira no Parlamento, assumindo a vaga do licenciado Fábio Abreu.

Mas nada disso vai ser definido agora. Wellington vai primeiro aprovar a reforma administrativa, definir o tamanho do Estado (e o tanto de postos a serem preenchidos) para aí então cuidar do sempre complicado jogo de acomodação política.

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