O historiador parnaibano Diderot Mavignier, em declaração a este Blog do B. Silva, disse lamentar profundamente o silêncio que se faz em Parnaíba diante das comemorações do bicentenário da Indepência do Brasil. “Até agora nenhuma Instituição ou a prefeitura, ninguém se programou pra isso. E uma programação dessa envergadura não se faz em um ou dois meses.”
Diderot Mavignier
De acordo com Diderot, em Estados como Pernambuco as comemorações começaram em maio. No Rio de Janeiro já tem programação. São Paulo a restauração do Museu do Ipiranga começou em 2013. “Recebemos agora no Brasil o coração de D. Pedro I e Parnaíba está alheia a tudo isso. Até porque a proclamação da independência em Parnaíba, no 19 de outubro 1922, representa o Dia do Piaui e até agora nenhuma Instituição ou a prefeitura ninguém se programou pra isso” – lamenta o historiador.
Obelisco de Parnaíba em comemoração pela passagem do primeiro centenário do município
Diderot relembra ainda que Parnaíba era conhecida como a cidade invicta. Quando alcançou 100 anos de cidade foi um ano de festas. O monumento da praça de Santo Antônio simboliza isso; quando fez 100 nos do 19 de outubro ganhou um obelisco e uma coluna na Praça da Graça; ganhou um livro belíssimo, escrita pelo Lima Rebeleo. E nos 150 nos da Independência, Dr. Alberto Silva fez um monumento em frente ao São Luiz Gonzaga, em Parnaiba e fez uma comemoração muito bonita em 1972.
Agora, nos 200 anos – lamenta Diderot – até agora “a prefeitura não se importa com isso. Acha que não é importante. E eu diria que até o presidente da república não fala dessa independência, desse bicentenario. E é uma pena porque nossa história é quem dá a base para que a gente resgate o civismo, o patritismo, que é quem dá esse sentiumento de pertencimento ao povo brasileiro e parnaibano” – pontua.
O OBELISCO DO DEBOCHE
Mas, para marcar o deboche que é a administração do prefeito Mão Santa, a filha dele, Gracinha, em 2021, no dia da Parnaíba, anunciou para o inícío deste ano (2022), a construção de um tal Obelisco do Amor, para representar o amor de Mão Santa e Adalgisa. Este ano, em por ocasião do aniversário da cidade, voltaram a falar desta tal obeslisco, como sendo “mais um sonho para os parnaibanos”.,