Por: Jorge Machado
É fato que a sociedade brasileira vive uma crise de identidade ética, profissional, moral e social. Um, dois, três prédios caem por que alguém fez uma obrinha básica sem a respectiva licença, um palco cai por usar material de quinta, povo invade casas que não lhes pertencem, políticos e juízes roubam tudo quanto podem, enfim, enquanto isso o povo trabalhador assiste a tudo impávido e sereno, paga a conta mesmo achando ruim. E se seu legítimo representante, a imprensa, se manifestar, leva a culpa dos atos anti-éticos praticados pelos canalhas desumanos. ATÉ QUANDO?
É bem verdade que a culpa está naquele que paga a conta sem chiar, uma vez que foi ele que votou alienado pelas manobras de candidatos desonestos. Mas como e o que fazer?
Em Parnaíba por exemplo, até que me animei quando vi uma movimentação dos partidos pequenos em prol de uma cidade com ritmo desenvolvimentista, encabeçada pelo Joãozinho da Unimagem, apoiada pelo Professor Iweltman Mendes… Mas de repente parou. Figuras como o Sérgio Inácio, da Metal, Dr. Vinicius e outros deixaram de trabalhar em grupo para se preocupar consigo mesmos. Resultado – Fortaleceu a polarização de duas candidaturas: a de Florentino Neto, seguidor do sistema atual, híbrido e insonso, e Mão Santa que a meu ver cai numa armadilha política. Ou seja, mesmo com todos os avisos saídos desta e outras tribunas, de que este é um sistema falido que persiste em se perpetuar, será inevitável a reprise por negligência participativa de nós mesmos, que mais uma vez assistimos a tudo impávidos e serenos, pagamos a conta e depois reclamamos. Fazer o quê? Depois não se queixem da inoperância.
