Paulo Gonet, procurador-geral da República (Foto:Leobark Rodrigues, Leonardo Prado/SECOM/MPF)
O Partido da Causa Operária (PCO) criticou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 indivíduos sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Em artigo intitulado “O tribunal político de Paulo Gonet“, o PCO argumenta que a acusação carece de provas concretas e se baseia em um “contexto” subjetivo para incriminar Bolsonaro.
“Gonet acusou os 34 investigados do que bem quis. No entanto, como ele abriu mão das provas e preferiu denunciar um ex-presidente da República por causa do “contexto”, ele foi obrigado a criar uma história.”, diz o texto.
No artigo, o partido de esquerda destaca que, assim como na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Bolsonaro inelegível, a PGR não apresentou evidências objetivas de atos ilícitos específicos cometidos pelo ex-presidente.
“Fazendo uso de um calhamaço de mais de 250 páginas, Gonet acusa Bolsonaro de ter cometido uma série de crimes sem, no entanto, apresentar uma única prova.”, declara a sigla.
O PCO ainda enfatiza que utilizar o “contexto” como base para uma condenação fere princípios fundamentais do Direito, como a legalidade, a isonomia e a segurança jurídica.
O partido encerrou o artigo afirmado que: “Longe de comprovar qualquer crime, a denúncia de Gonet é um dos mais aberrantes casos de uso do Estado para a perseguição de uma liderança política”.
A sigla ainda em recente publicação no X (antigo Twitter) afirmou que os “grandes golpistas” não são os bolsonaristas, mas sim instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal. (Diário do Poder)