PETISTAS DESCONFIAM DA PRISÃO DE CUNHA

MEMBROS DOS PARTIDO DOS TRABALHADORES AVALIAM QUE A PRISÃO SERIA MANOBRA PARA JUSTIFICAR PROCESSO CONTRA O EX-PRESIDENTE LULA; GOVERNADOR WELLINGTON DIAS É CAUTELOSO

Governador Wellington Dias prefere ser cauteloso; Assis fala em manobra 

por Lídia Brito
A prisão do ex-presidente da Câmara de Deputado, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), provocou reações no Partido dos Trabalhadores (PT). Ao invés de comemorarem, os petistas avaliaram com cautela e criticaram o juiz Sérgio Moro, responsável por decretar a prisão do peemedebista. Para eles, essa seria uma estratégia de Moro para negar que as prisões de petistas, realizadas até o momento, seriam seletivas.
O governador Wellington Dias (PT) preferiu ter cautela ao comentar o caso. “Ao Supremo cabe avaliar se havia um risco de obstrução ao processo. O importante é o respeito à Constituição. Independente de quem seja o réu. A pior coisa que tem em uma democracia é quando alguém se coloca acima da lei para o bem ou para o mal”, disse.
O PT avalia que com a prisão de Cunha, o próximo deve ser o ex-presidente Lula (PT). Para o deputado Assis Carvalho (PP), o objetivo de Moro foi criar um “verniz de isenção”.
“Sem alternativa que justifique a liberdade de Eduardo Cunha, tiveram de prendê-lo. Isso dará um pouco de verniz de isenção. Afinal, seria complicado explicar algumas prisões seletivas ao mesmo tempo em que Cunha permanecesse solto. Será que agora vai ter delação do Cunha?”, questionou.
O secretário de Cultura, deputado Fábio Novo, avalia que a prisão seria uma espécie de preparação do terreno para a prisão de Lula. Novo diz que Cunha seria carta fora do baralho. “A prisão de Cunha – carta fora do baralho – deve ser vista com o prisma de quem precisava dar uma resposta às pressões dos últimos dias e para preparar o terreno da prisão de Lula. O próprio MP e Moro têm delações que inocentam o ex-presidente”, comentou.

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