no piauí, apenas 49% dos alunos do ensino médio concluem o curso, revela estudo da ONG Todos pela Educação
Uma nova pesquisa divulgada ontem pela ONG Todos pela Educação mostra que apenas 49,0% dos jovens de até 19 anos concluem o ensino médio no Piauí. O estudo aponta que houve uma melhora em relação aos anos anteriores, com o índice de 26,5% em 2007 e 38,8% em 2011. Esses dados revelam a dificuldade que o jovem enfrenta para concluir o ensino médio.
O levantamento foi realizado com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013, divulgada em setembro. Por ele, apenas 54,3% dos jovens brasileiros finalizam o ensino médio. Mesmo com avanços, quando comparados com os índices de 46,6% em 2007, 51,6% em 2009 e 53,4% em 2011, o país ainda está longe de alcançar as metas.
O programa Todos pela Educação estipula que para o ano de 2022 a taxa dos jovens de até 19 anos que concluam o ensino médio suba para 90%. Já para o Plano Nacional de Educação (PNE), a meta é chegar a 2022 com 85% dos alunos de 15 a 17 anos matriculados no ensino médio.
O Piauí deve a diversos fatores a sua posição abaixo da média nacional, no levantamento sobre a conclusão do ensino médio. O principal deles, sem dúvida, é a própria estrutura do ensino. As escolas públicas, em geral, funcionam precariamente e não estimulam o aluno de forma satisfatória para que ele conclua esse ciclo de estudos.
Dessa forma, ainda é elevada a taxa de evasão escolar no ensino médio, pois comumente os alunos não encontram o que procuram na sala de aula. Em muitas delas, inclusive, nem professor aparece para ministrar aula em várias disciplinas, o que provoca nos alunos um desestímulo irremediável e também um prejuízo irreparável.
De todo modo, o desempenho do Piauí nessa nova pesquisa não surpreende. Essa posição na educação contribui significativamente para que o Estado tenha o PIB per capita mais baixo do país (US$ 4.300), sendo comparável nesse quesito à República Popular do Congo (US$ 4.500). O grau de instrução tem um reflexo direto na renda do trabalhador assalariado. Quanto menos ele estuda, menos ele ganha.(Por:Zózimo Tavares)