Piauienses reagem à transferência do Centro de Operações da Chesf para o Ceará

Toma grande proporção a reação de setores políticos do Piauí à decisão do diretor de Operação, João Henrique de Araújo Franklin Neto, de transferir de Teresina para Fortaleza, o Centro Regional de Operações da Companhia do São Francisco. Pelo Piauí, além do governador Wellington Dias, o senador Elmano Ferrer e o deputado federal Júlio César, já manifestaram-se contrários.

O que se tem especulado é que a Chesf seria um feudo da família Coelho, de Petrolina – PE, comandada pelo senador Fernando Coelho, que sempre teve voz forte dentro da CHESF. A família trata essa empresa como uma extensão dos seus negócios políticos na geração de dividendos que perpetue o poder de mando naquela região.

É comum se ouvir que na atual estrutura organizacional da CHESF há mais uma dobradinha da família Coelho trabalhando na empresa para gerar esses dividendos políticos. Escolhidos a dedo, o atual Presidente da empresa, Fábio Lopes, foi indicado para o cargo ainda no governo Temer pelo então ministro de Minas e Energia Fernando Bezerra Coelho Filho, antes da sua saída do ministério para concorrer à reeleição como deputado federal.

Já o Diretor de Operação, João Henrique de Araújo Franklin Neto, foi indicado para o cargo, também, ainda no governo Temer, pelo senador Fernando Bezerra Coelho, pai do então ministro de minas e energia.

Um alto dirigente do sistema elétrico chegou a dizer que tudo isso visa favorecer investimentos para Petrolina. No auge da gestão do Diretor de Operação, João Henrique de Araújo Franklin Neto, este decidiu implantar em Petrolina uma Planta Fotovoltaica ao custo de R$ 152 milhões, dos quais, já foram investidos cerca de R$ 54,3 milhões sob a alegação de que “Petrolina é uma das cidades com maior potencial para aproveitamento da energia solar no País”, revelou o diretor.

A maior referência em energia solar fotovoltaica no país é o Piauí, e não é sem razão que aqui está instalada a maior Usina Solar Fotovoltaica da América Latina, hoje sob a gestão dos chineses.

João Henrique de Araújo Neto, criou em Natal (RN), atendendo à uma determinação do então ministro do turismo Henrique Alves, uma Gerência Regional naquela capital com toda uma estrutura organizacional sem uma justificativa empresarial, demonstrando que não tem qualquer interesse no Piauí.

Voltando ao caso do Piauí, é mais que notório que nos últimos anos vem ocorrendo uma acelerada ampliação do sistema elétrico na área de atuação da regional da CHESF no Piauí. Já existem em operação no Piauí o maior Parque Eólico e o maior Parque Solar Fotovoltaico da América Latina. E já está em fase de construção o maior dos maiores Parque Eólico da America Latina.

Sistema elétrico da Chesf abandonado no Piauí

Setores da Chesf em Recife têm constatado que a  Divisão Técnica informada pelo Diretor de Operação, João Henrique de Araújo Franklin Neto, como existente em São João do Piauí, é um custo empresarial para a CHESF sem precedentes, como tantos outros Órgãos criados por ele na atual gestão. Nessa Divisão existe apenas um engenheiro recebendo, além do salário, uma comissão pelo cargo que ocupa da ordem de R$ 6 mil, mais uma ajuda de custo de ¼ do salário e o adicional de periculosidade de 30% sobre o salário para gerenciar apenas “um” eletricista de manutenção.

“Falta com a verdade o Diretor de Operação, João Henrique de Araújo Franklin Neto, quando afirma para o Governador do Piauí, através do documento anexado, que os empregados da CHESF no Piauí são submetidos a um contínuo processo de capacitação. Na gestão dele, a empresa deixou de investir em capacitação e prepara todas as áreas estratégicas da CHESF para a terceirização, como já fez, ao contratar uma empresa do Ceará para dar manutenção nas linhas de transmissão da CHESF no Piauí”, salienta o mesmo dirigente.

Diretor intimida subordinados 

O Diretor de Operação, João Henrique de Araújo Franklin Neto, está envaidecido pelo cargo, é intimidador e sempre desafia os empregados que discordam das suas ideias. Ele sempre ignorou a CHESF do Piauí desde que assumiu tal cargo.

Mas, o plano final do Diretor de Operação, João Henrique de Araújo Franklin Neto, desde que assumiu esse cargo, é o de extinguir a estrutura organizacional da CHESF no Piauí e sediá-la por inteira no Ceará. Aqui ficaria apenas uma equipe de manutenção do tipo “call center”. Para tanto, para melhor entender o momento atual, recentemente ele promoveu uma reestruturação na Diretoria de Operação onde todos os Centros Regionais de Operação, desde às suas respectivas criações, deixaram de ser Órgãos formais dentro da estrutura organizacional da CHESF, exatamente para montar o cenário atual.

Os especialistas entendem que um Centro Regional de Operação deve considerar a multidisciplinaridade e as diversas especificidades das áreas técnicas e administrativas que o compõe devendo o mesmo ser capaz de oferecer aos seus usuários não somente condições de controlabilidade, mas, também, um ambiente dotado de infraestrutura e ferramentas para uma operação segura do Sistema Elétrico a ele atrelado. De forma que, um Centro de Operação demanda sim de investimentos permanentes, padronização de processos e capacitação contínua, com o objetivo de cumprir de forma eficiente e segura os procedimentos operacionais. A CHESF definiu então, em 2013, pela modernização dos Centros Regionais de Operação de Teresina, Fortaleza e Salvador.

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