
Entrada do condomínio de Jair Bolsonaro (Foto: EBC)
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) reconheceu inconsistências no relatório de monitoramento da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar.
O esclarecimento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que havia solicitado detalhes sobre as entradas e saídas de veículos no dia 12 de setembro, um dia após a condenação de Bolsonaro, e exigido explicações sobre duas vistorias realizadas às 13h16 e às 16h22.
No documento, a Seap admite que na vistoria das 13h16 dois seguranças deixaram o imóvel em um Jeep Compass, mas no relatório foram registrados apenas como “pessoas”, sem menção nominal aos cargos ou nomes. Estes seguranças retornaram dez minutos depois acompanhados de uma terceira pessoa, identificada como mais um segurança. Na vistoria das 16h22, o relatório não mencionou que apenas seguranças estavam no veículo que saiu da casa e também não foram registradas imagens da inspeção.
A Seap informou que um agente foi até a administração do condomínio onde Bolsonaro reside, o Solar de Brasília, para obter imagens das vistorias, já que estas não foram disponibilizadas de imediato pelo local, que alegou a necessidade de consultar o setor jurídico.
Apesar das falhas, a Seap defendeu que isso não prejudicou a efetividade das vistorias. Segundo o órgão, a ausência de identificação nominal nos eventos não comprometeu o objetivo principal do monitoramento, e os agentes responsáveis apresentaram justificativas para o erro material no documento encaminhado ao STF.
Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar desde 4 de agosto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de inquérito que apura ações do deputado Eduardo Bolsonaro relacionadas à aplicação da Lei Magnitsky e outras sanções dos Estados Unidos.(Diário do Poder)