Rombo futebolístico
Por:Arimatéia Azevedo
Mais de R$ 2 milhões é quanto a Federação Piauiense de Futebol deve à Receita Federal fruto de uma desastrosa decisão da direção anterior. Para o INSS são mais R$ 150 mil e há outros encargos com a União, como FGTS, que precisam ser pagos. Mesmo assim, os dirigentes esportivos seguem brigando pelo controle da FFP, que com tantos pepinos e abacaxis sem dúvida não é um lugar bom para quem pretende fazer sucesso ou fazer coisa pior. Diante de passivos tão grandes e da desorganização completa em que se transformou o futebol do Piauí, que sequer consegue organizar um campeonato, é no mínimo esquisito a insistência do antigo grupo em querer retomar o poder pela federação, que está atualmente em uma espécie de limbo, já que como a Confederação Brasileira de Futebol não reconhece a diretoria, não envia para cá os recursos para o custeio da entidade. Para agravar, times como o River se desfiliaram da FFP apenas porque teima em não reconhecer como legítimos os atuais dirigentes da entidade, que, consequentemente, segue como uma instituição perdida em meio a uma guerra de interesses, na qual o maior perdedor é mesmo o futebol piauiense, cujos dirigentes são, para usar um termo bastante comum entre as quatro linhas, uns pernas de pau, tal a incapacidade gerencial que os fez torrar o patrimônios dos clubes e tornar ruim um futebol que no passado enchia estádios todos os domingos. Não é exagerado dizer que a maioria dos dirigentes dos clubes está rica, com a venda do patrimônio da entidade e os clubes, muito pobres de futebol.