Presidente Dilma e seu “enooorme” Ministério

Na ditadura, os governos militares não tinham mais que 12 ministérios. E, tecnicamente, funcionavam, muitos deles, ocupados por políticos, o que passava a impressão de que os militares também procuravam composição num partidarismo em que só tinha vez a legenda da situação. Delfim Neto, em vários ministérios e o piauiense Reis Veloso, na Pasta do Planejamento, foram alguns dos notáveis civis que se integraram aos governos da época. O governo de hoje, em plena democracia parece que só tem razão de ser com as dezenas de ministérios onde a maioria se transformou em moeda de troca nas composições da base de apoio à presidenta da República no Congresso Nacional. São quase 40 ministérios com ações que se sobrepõem às funções de outros e com ministros que a grande maioria do povo sequer conhece. Mas, nem mesmo na crise, Dilma conseguiu reunir seus 39 ministros. Eles estão em Brasília, de ‘prontidão’, mas certamente a maioria não está sendo sondada para nada. O gabinete de crise reúne os mais próximos, logo, os mais importantes. Que são poucos, menos de uma dezena. O que está provado é que se a presidenta passar a faca em pelo menos 25 desses ministérios, 14 já seria de bom tamanho para o governo funcionar. Se Dilma fizer isso, as vozes roucas das ruas apoiam. O movimento das ruas dos últimos dias mostrou a Dilma o que inquieta a nação: a grossa corrupção que grassa nas instituições do país. A corrupção está sendo o carro-chefe dos mais variados temas que viraram palavra-de-ordem nas manifestações. A isso a presidenta e seu governo precisam dar uma efetiva resposta.Por: Arimatéia Azevedo (Cortar Cabeças)

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