Presidente seminova ganha novo ministro velho


Se o governo tivesse um mínimo de prudência na cara, Dilma Rousseff não se exporia ao risco de tratar certas nomeações como nomeações certas.
Veja-se, a propósito, a penúltima mexida feita na conspurcada Esplanada dos Ministérios.
Escolhido na sexta-feira (3), o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) assume a pasta das Cidades nesta segunda-feira (6).
Nos três dias que separaram a nomeação da cerimônia de posse, descobriu-se:
1. O ‘novo’ ministro responde a dois velhos inquéritos no STF.
2. Sonegou à Justiça Eleitoral, em 2010, a informação de que possui quatro empresas.
Duas são construtoras que operaram na área de habitação popular, o foco do ministério que vai gerir.
3. Possui também duas rádios no interior da Paraíba.
Como a lei proíbe a concessão de emissoras a parlamentares, serve-se de ‘laranjas’, um ex-contador e um assessor.
Diz-se que as escolhas de ministros são precedidas de pesquisa. Coisa minuciosa, conduzida pela Abin.
De duas, uma: ou os investigadores são relapsos ou Dilma decidiu exercer sua alegada competência gerencial com a máxima incompetência.

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