O empresário Bruno Santos, preso pela Polícia Federal na Operação Omni e acusado de desviar R$ 66 milhões da saúde do Piauí, não se limitava apenas ao esquema milionário revelado nas investigações. De acordo com apurações, Bruno também comandava um verdadeiro pedágio sobre as emendas parlamentares destinadas à Secretaria de Saúde: 30% de cada emenda eram exigidos.
Mesmo sem ocupar cargo oficial no Governo do Estado, ele atuava como uma espécie de coordenador das emendas, com livre trânsito e influência dentro da pasta. O caso, que seria de conhecimento de parlamentares e outros agentes políticos, expõe a profundidade da rede de corrupção que drenava recursos da saúde pública. (Encarando/Silas Freire)