Previdência do PI retira do tesouro estadual mais de R$ 1 bi ao ano, diz Wilson Brandão

O governador Wellington Dias (PT) terá uma reunião com os deputados da base governista no final da tarde desta segunda-feira (11/02), no Palácio de Karnak. Entre as pautas a serem tratadas no encontro está a reforma administrativa. O petista deve apresentar aos parlamentares as mudanças responsáveis por reduzir em R$ 300 milhões as despesas do Piauí até o final de 2019. Dias já anunciou que os cortes, pelo menos em sua maioria, acontecerão em contratos extraquadros e nos custeios.

Entretanto, o deputado estadual e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Wilson Brandão (Progressistas) aponta outro problema que precisa ser resolvido o quanto antes por Wellington para que o Estado consiga economizar ainda mais. Além dos cortes já anunciados na máquina pública,  Brandão explica que a Previdência do Piauí atualmente custa aos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão por ano e que faz-se necessário uma solução para frear os gastos com a Previdência do estado.

“Em 2011, em janeiro, o rombo da previdência mensal que o Governo tirava do tesouro estadual e passava para o Iapep, à época, representava 32 milhões de reais por mês. Hoje, tira-se mais de 80 milhões. Ao ano mais de um bilhão. O governador fala em reduzir custos, com essa redução da maquina que vai gerar [redução de] 300 milhões ao ano. Ou seja, um terço do que representa o rombo da Previdência. Temos que focar na reforma da previdência em Brasília que vem para médio e longo prazo, mas temos que focar também aqui no Piauí”, explicou Wilson Brandão.

JOGO DE CINTURA
Ao que tudo indica, após apresentar aos deputados estaduais a reforma administrativa nesta segunda (11), Dias deve ir até a Alepi entregar a reforma para apreciação. Muito se fala sobre a necessidade urgente de reduzir a máquina pública que ficou muito grande por conta da base governista de Wellington Dias, que cresceu muito nos últimos anos. É por conta disso que a maior parte dos cortes está em contratos de extraquadros além de outros focos. Para Brandão, Dias precisará ter jogo de cintura para acomodar a sua base governista que cresceu em uma máquina pública reduzida.

“O governador vai ter que ter muito jogo de cintura e usar muito da sua experiência política para acomodar. Sabemos que a base cresceu e os espaços vão diminuir. Ou seja, a matemática não fecha, mas a verdade é que temos consciência da necessidade dessa diminuição. Estamos fazendo o dever de casa, o governador está fazendo o dever de casa. Por mais que ele faça uma redução e que essa redução não chegue a prejudicar a máquina, mesmo assim, esse não é nosso problema. Nosso grande problema é a previdência”, completou Brandão.

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