Por:Arimatéia Azevedo
A banda governista do Piauí no Congresso Nacional se reuniu ontem, em Teresina, para definir com quem, entre os cinco parlamentares, ficarão os cargos federais no Estado. E assim todos saíram felizes e sorridentes: o senador Ciro Nogueira indicará o diretor da Codevasf, a senadora Regina Sousa ficará com a Funasa e o veim Elmano Ferrer com o Dnit. Agora veja o que sobrou para os deputados federais. Conab para Marcelo Castro (PMDB), INSS, MDA e a Chesf para Assis Carvalho (PT), delegacias do Ministério da Pesca e do Conselho de Produção Mineral, para o deputado Fábio Abreu. O Instituto Chico Mendes, a delegacia do Ministério da Agricultura e o SPD em Parnaíba ficarão com Paes Landim. As duas mulheres deputadas, Iracema Portela e Rejane Dias, também foram aquinhoadas. Iracema continuará com os Correios e, agora, o DNOCS. Rejane Dias ficou com o Incra e o Ibama. Está faltando definirem o que sobrará para Júlio César, agora cristão novo na base governista. Aos suplentes de Rejane e de Fábio Abreu sobraram pirulitos. Não ganharam nada a não ser o direito de exercerem os mandatos, mais por generosidade do governador Wellington Dias e menos por terem feito qualquer ação para assim merecê-los. O que fica dessa reunião é a certeza de que assuntos mais importantes, como a definição de projetos e planos visando o desenvolvimento do Piauí passaram ao largo dos ilustres parlamentares. Eles se tornam senhores de indicações que, invariavelmente, alcançam pessoas muitas vezes desconhecedoras das reais finalidades dos órgãos que vão dirigir. Há muito, no Brasil, os políticos deixaram de premiar, pelo mérito, funcionários de carreira. Preferem aboletar nos órgãos federais elementos estranhos aos seus quadros, mas certamente de muita serventia para operar ao sabor de seus interesses pessoais