Por onde andará a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, pergunta o deputado arquirrival, Domingos Dutra (PT-MA), parodiando o conterrâneo Zeca Baleiro, autor da música “Por onde andará Stephen Fry?”.
O petista até poderia prosseguir a crítica na balada de Zeca:
Por onde andará Roseana Mubarack (apelido dado pelo deputado, em alusão ao ex-ditador do Egito Muhammad Hosni Said Mubarak)
Por onde andará … Roseana
Ninguém sabe do seu paradeiro
Ninguém sabe para onde ela foi
prá onde ela vai
Roseana Sarney está de licença e o Maranhão vivencia um rodízio de governadores, denuncia Domingos Dutra, inconformado com o sumiço da titular: “O vice assumiu por um dia, passou o cargo para o Presidente da Assembleia Legislativa, que assumiu por um dia, tirou licença, passou para o Presidente do Tribunal de Justiça. Já vi rodízio de sorvete, rodízio de pizza, rodízio de churrasco, mas eu nunca tinha visto um rodízio de governadores.”
Domingos Dutra detesta a família Sarney, mas apela pelo reaparecimento de Roseana. “A governadora está em endereço incerto e não sabido”, reclama e exige que o Mananhão volte a ter governo, embora e, infelizmente, uma família trate o Estado como se fosse uma “fazenda”.
O Maranhão foi transformado num latifúndio dos Sarney em 55 anos de domínio político exercido pela família, avalia o Dom Quixote oposicionista. Dutra fala, fala e fala na tribuna, mas o silêncio é a resposta dos aliados, não importa o quanto Roseana seja molestada durante o seu período de “desaparecimento”. A licença é de dez dias. Ela deve estar voltando.
Mauro Sampaio