Por Yala Sena
Os professores da Uespi (Universidade Estadual do Piauí) aprovaram, por unanimidade, nesta segunda-feira (8) a continuidade da greve que já dura seis dias. As aulas na universidade retornaram hoje. Ainda em dezembro, a justiça havia decretado o movimento ilegal, mas somente semana passada os docentes foram notificados da decisão.
Durante a assembleia geral, a direção do Sindicato dos Professores da Uespi deu os informes sobre a decisão judicial que considerou ilegal a greve dos professores.
Lucineide Barros, coordenadora geral do sindicato, disse que a entidade recorreu ao Tribunal de Justiça contra a liminar e pediu que o desembargador Agrimar Rodrigues ajude no diálogo com o governo do estado.
No recurso pedimos que o desembargador reconsidere a ilegalidade da greve e que ajude na mediação com o governo do estado”.
Segundo o sindicato, a categoria está com defasagem salarial que chega a 68% nos últimos 10 anos. A proposta da categoria é um reajuste de 22%, sendo parcelado 11% em janeiro e 11% em maio.
Lucineide confirmou que a direção do sindicato esteve reunido com o governador Rafael Fonteles (PT) no dia 7, mas o governador pediu que não fosse tratado sobre o reajuste salarial.
“O governador não quis tratar sobre a questão salarial, nos informou que em fevereiro planejava divulgar um reajuste linear para todas as categorias, algo que cobrisse a inflação e que não iria discutir escalonamento de reposição de perdas”, disse Lucineide.
Ela ressaltou que o sindicato não se retirou da mesa de negociação e que desde o ano passado busca um acordo com o governo. “Não teve mesa de negociação, já tivemos quatro audiências e o governo não disse nada”, alega Lucineide Barros.
Hoje, durante divulgação da tabela de pagamento dos servidores do estado, o secretário de Administração, Samuel Nascimento, disse que o governo instituiu mesa de negociação para discutir com os sindicatos o reajuste salarial. A primeira reunião será dia 18 de janeiro.