Segundo o sindicato, a paralisação reflete a insatisfação dos docentes diante da ausência de avanços em compromissos assumidos há mais de um ano, que previam medidas de valorização profissional, melhorias estruturais e investimento em tecnologia.
Em nota oficial, a Adcesp destacou que três pontos principais do acordo permanecem pendentes, entre eles a aquisição de computadores para os professores, cujo prazo de entrega era de 30 dias após a assinatura do acordo. O sindicato também denuncia a falta de conclusão do estudo de equiparação salarial, previsto para ser finalizado em 60 dias, e a estagnação do projeto de lei que cria o cargo de professor titular, ainda sem tramitação efetiva na Assembleia Legislativa.
Para o coordenador-geral da Adcesp, Omar Albornoz, o movimento vai além da pauta financeira. “Não se trata apenas de uma reivindicação salarial, mas da defesa da universidade pública piauiense. A valorização dos docentes é condição essencial para garantir ensino de qualidade, pesquisa e extensão comprometidas com o desenvolvimento do estado”, afirmou.
Com o lema “Em defesa da Uespi”, a paralisação ocorre como parte do Dia Estadual de Luta pela Valorização da Educação Pública. Atos estão sendo realizados em diferentes campi da instituição, com destaque para as mobilizações no campus Torquato Neto, em Teresina, e na Praça do Antigo Mercado Municipal, em Oeiras, reunindo professores, estudantes e técnicos administrativos.
A Adcesp informou ainda que novas deliberações sobre a continuidade do movimento poderão ocorrer nos próximos dias, caso o governo estadual não apresente um plano concreto de cumprimento das pendências judiciais.
Em 2024, os docentes da Uespi já haviam realizado uma greve de 64 dias, motivada pela cobrança de reajuste salarial e pela retirada do Projeto de Lei nº 09/2023, que alterava o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Magistério Superior.
Fonte: Adcesp