Governador Wellington Dias em audiência ontem com o deputado Paes Landim: alerta sobre movimentos de rua
O PT e o governo estão convocando os movimentos sindicais e sociais para irem às ruas defender o mandato da presidente Dilma Rousseff. O governador Wellington Dias e a senadora Regina Sousa têm dito com frequência que o povo não aceitará passivamente o impeachment, se ele vir mesmo a ser aprovado na Câmara dos Deputados e, depois, no Senado Federal. Eles argumentam que não há bases legais para o afastamento da presidente e classificam de “golpe” a possível retirada dela do poder.
Wellington Dias recebeu ontem no Palácio de Karnak o deputado Paes Landim (PTB), que é contra o impeachment. Uma caravana de militantes do PT no Piauí vai a Brasília esta semana para a votação do impeachment, que deve ocorrer no domingo, 17. Eles prometem fazer vigília na Câmara dos Deputados como forma de intimidar os parlamentares a favor do impeachment. O deputado Assis Carvalho (PT) acredita que a mobilização popular pode barrar o impeach-ment. “A mobilização popular é o grande fator que pode barrar o impeachment. Todos os que defendem a democracia, independente de coloração partidária, devem se manifestar para conter este retrocesso com consequências tenebrosas para o Brasil”, afirmou.
Os movimentos estão sendo estimulados a irem às ruas nesta semana contra o impeachment de Dilma. Segundo Assis Carvalho, os movimentos serão de paz e sem violência. “Vamos às ruas em nome da paz e não entrar no jogo dos golpistas, que incentivam a convulsão social, Queremos a manutenção da democracia”, argumentou Assis Carvalho. Segundo o deputado, a presidente teve 54 milhões de votos e ganhou a eleição. Para ele, o impeachment é “um golpe contra a democracia”, discurso repetido à exaustão pelos petistas.(Zózimo Tavares)