Completando seis meses de Governo Wilson Martins tem um dilema. Como consolidar a sua imagem de Governador do Piauí. Desde que foi eleito e assumiu o destinos do Estado em janeiro deste ano, ele tenta se livrar da imagem do ex-governador e hoje senador Wellington Dias. Mas as comparações são inevitáveis, e cada ato feito acaba fortalecendo a imagem de Dias.
A última jogada de imagem do governador foi o redutor salarial, com objetivo de fazer economia. Martins anunciou que nenhum salário do Executivo poderá ultrapassar o seu, que hoje está na casa de R$ 12 mil. A medida pegou apenas as categorias conhecidas como a elite do serviço público, procuradores do Estado, delegados de policia civil, defensores públicos, fiscais da Secretaria de Fazenda e alguns servidores que ultrapassam este teto.
O problema é que toda a economia fica em R$ 250 mil por mês. O ato mais uma vez é uma medida para platéia. É verdade que a população é simpática à redução de altos salários, mas o governador volta a cair na criação de factóides para marcar o seu governo, pois uma economia deste porte não conseguirá tirar o Piauí da crise e será cobrado pela população.
Terminados os seis primeiros meses acaba, também, o prazo dado início do Governo à equipe, para cumprimento de metas administrativas e apresentação de resultados. Agora, aparece a inevitável pergunta: Qual será o balanço do primeiro semestre do Governo Wilson Martins?
Ubiracy Sabóia