Que futuro o Piauí tem?

Por: Zózimo Tavares

Um dos destaques da semana que passou foi o lançamento, pelo governador Wellington Dias, em ato solene, do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí (PDES – 2050). O Plano foi apresentado pela Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro), no auditório do Tribunal de Contas do Estado, e tem o objetivo entregar às gerações futuras um estado que revele as grandes oportunidades e potencialidades existentes no Piauí.
Segundo o governo, o estudo compreende um trabalho de diagnóstico e elaboração de projetos voltados para o agronegócio, energias renováveis, infraestrutura, mineração e turismo. “São nove produtos que embasam aquilo que está proposto no plano, que não é apenas um conjunto de ações do governo, mas é, sobretudo, uma carteira de projetos. Dessas cinco áreas priorizadas, foram identificadas 62 oportunidades de crescimento que precisam de R$ 58 bilhões em 15 anos. Isso garantirá o crescimento de 6% por ano ao Piauí”, destacou o presidente da Cepro, Antônio José Medeiros.
Os investimentos aplicados nos projetos que abrangem todos os Territórios de Desenvolvimento do Estado têm participação das parcerias público-privadas e resultarão em profundas mudanças no cenário econômico e social do Piauí. 
Para Wellington Dias, planejamento é um quesito indispensável e a falta dele é um dos pontos que resultam no atraso de uma região. “Nesse momento estamos passando para uma média de 0,7 no Índice de Desenvolvimento Humano e, através desse Plano, pretendemos chegar a 0.8 até 2025, que equivale a uma média muito alta de desenvolvimento. Significa uma média de escolaridade elevada, uma renda mais alta e uma expectativa de vida acima de 75 anos”, explicou.
O que chama a atenção em relação ao lançamento do Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Piauí (PDES – 2050) é que, em maio de 2013, no Governo Wilson Martins, o Estado do Piauí contratou por mais de R$ 4 milhões a elaboração de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PDES-PI), visando um horizonte temporal de 2014 a 2050. Esse trabalho foi executado pela Diagonal Transformação de Território, de Pernambuco. 
Ora, esse plano mal começou a ser executado e o governo já manda fazer outro. O que faltou no anterior? O que está sobrando agora? Quem se interessa em saber disso? Só dá para entender é que o Piauí nadou e está nadando em dinheiro para realizar tais planos, que custam milhões aos cofres públicos e não resultam em muita coisa além de bafafá.

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