Requião ataca Rafael
Em postagem na rede social X-Twitter, o ex-senador Roberto Requião, sem citar o nome de Rafael Fonteles, disse que “o governador do Piauí, do PT, privatiza a água e o saneamento básico”.
Para Requião, que já foi um aliado, “o silêncio do PT a respeito disso desautoriza a criticar o Tarcísio de São Paulo e o rato do Paraná”. O rato, no caso, é o governador Ratinho Junior.
Foto: Reprodução
Vendeu a Agespisa?
Há uma ideia de que o governo vendeu a Agespisa. Engano. A Agespisa é um zumbi estatal, uma empresa que caminha, mas não vive.
A estatal piauiense de saneamento básico foi saneada financeiramente em 1994 pelo governador Freitas Neto, mas sucessivas e ruinosas gestões nos governos que se seguiram sucatearam e endividaram a empresa – a ponto de torná-la incapaz de fazer investimentos.
A saída possível
No contexto em que a Agespisa não dispunha de dinheiro para investimentos e seu controlador, o Estado, também tem capacidade zero de investir, se não com empréstimso,o governador Rafael Fonteles nem foi um petista radical antiprivatização do que quer que seja, nem liberal favorável à privatização de tudo e mais um pouco.
Ele foi apenas pragmático – pode e deve haver críticas à concessão do serviço ao setor privado, por desenho e modo como foi feito – mas essa parecia a única solução possível num cenário em que a Agespisa foi sucateada pelos outros.
Silêncio
O governo de Rafael Fonteles tem preferido não responder às críticas ao processo de outorga da concessão dos serviços de água e saneamento – que é competência de cada município – e esse silêncio pode ter como razão o fato de que a construção de um argumento de defesa necessariamente precisa ser feita com a responsabilização daqueles que, por anos, mantiveram uma ruinosa gestão da Agespisa.
Quem? Quem?
E quem mais tempo governou o Piauí ao longo dos 30 anos entre o saneamento financeiro da Agespisa no governo Freitas Neto, em 1994, e a atual ruína em que se encontra a Agespsia?
Acerta quem disse Wellington Dias, que por 15 anos foi o governador do Piauí nessas três décadas.
Mão Santa, o iniciador da ruína, foi governador por sete anos.
Foto: Reprodução
O show do bilhão
Ao longo de três décadas, o que a Agespisa mais acumulou foram dívidas fiscais, chegando a um volume de R$ 2 bilhões em endividamento – a maior parte porque não pagava impostos e encargos sociais e trabalhistas, era multada em valores milionários pelo atraso e como não pagava nem o principal nem as multas, os juros foram multiplicando as dívidas e gerando o gigantesco rombo de sua ruína.
Extinção
O que vai fazer o governo com a Agespisa quando a Aegea assumir os serviços de água e esgotos em áreas onde hoje atua a estatal?
Deveria extingui-la, já que o objeto de sua ação – serviços de distribuição de água e saneamento básico não existe mais.
Vai existir
Mas é possível que a estatal siga existindo, porque tem sido assim no Piauí: empresas estatais extintas nos anos 1990 (Comdepi, Cidapi, Rede Rimo, Coderpi, Etelpi), até hoje seguem existindo como massa falida.(Portalaz/Direto da Redação)