Quem vaiou Wilson Martins?

Não existe pesquisa qualitativa melhor que a manifestação espontânea do povo para revelar a quanto anda a credibilidade de um governo.
As vaias que o governador e sua equipe sofreram na abertura do Festival de Inverno, em Pedro II, e as manifestações de internautas apoiando o feito, revelam a péssima avaliação do seu governo.
Esta é a segunda vez que Wilson Martins é vaiado em Pedro II. A primeira foi em plena campanha eleitoral e ele andava acompanhado do hoje senador Wellington Dias (PT) e outros petistas menos votados.
Agora foi bem pior, muito mais constrangedor, pois Sua Excelência se fazia acompanhar de um diretor do Banco Mundial, a quem solicitou vultoso empréstimo para pagar dívidas contraídas principalmente por seu antecessor e desafogar as finanças estaduais.
O senador Wellington Dias, responsável direto pelas vaias ao governador, endossou o ditado de que “gato escaldado tem medo de água fria” e não deu as caras na Suíça piauiense.
Wilson Martins está pagando um alto preço pela sua fidelidade ao ex-governador petista, recusando-se a expor de forma clara as razões da falência do estado.
Essa é a verdade nua e crua. O socialista (?) herdou um estado falido, mas não tem coragem de denunciar as mazelas petistas.
Há quem aposte que por ter participado ativamente da administração anterior, inclusive coordenando o PAC no Piauí, o socialista teme atirar pedras e elas caírem no seu telhado também.
Sem recursos para investimentos e para honrar os compromissos de campanha, o governador enfrenta movimentos paredistas em diversos setores e certamente ainda vai ouvir muita vaia Piauí afora.
A não ser que Rasputim o aconselhe a não mais comparecer a grandes eventos e evitar contato direto com grevistas.
A primeira vez que Sua Excelência foi vaiada em Pedro II, arautos do governo responsabilizaram a oposição, aproveitando-se do fato de estarem em plena campanha eleitoral.
Esse argumento fajuto não cola. As vaias ouvidas na abertura do Festival de Inverno de Pedro II, na noite de ontem (23), revelam a insatisfação do povo com uma administração que frustrou as suas expectativas e não consegue atender às suas demandas.
Durante os três dias de festival, a pequena e acolhedora Pedro II se torna uma síntese do Piauí, recebendo, além dos visitantes de fora, milhares de piauienses das diversas regiões do estado, que estão de olhos nas promessas não cumpridas.
Não se pode, portanto, atribuir as vaias aos nativos, embora o prefeito Alvimar Martins tenha sido bastante aplaudido ao cobrar do governador um melhor tratamento ao município de Pedro II. Colocou lenha na fogueira, só isso.
Por:José Olimpio

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.