Reportagem em portal nacional expõe contrato de Rafael Fonteles com “erro de milhões” envolvendo recursos federais

Uma reportagem publicada no portal com repercussão nacional, assinada pela jornalista Andreza Matais, na noite desta terça-feira (08/07), foi bastante compartilhada desde a sua postagem nas redes sociais.

Em menos de uma hora após a publicação, a postagem já tinha mais de 2,5 mil curtidas e compartilhamentos. Intitulada como “Professor de matemática, governador faz contrato com erro de milhões”, a matéria abordou um contrato com “erro de milhões” envolvendo recursos federais.

“Premiado nas Olimpíadas de Matemática, o governo de Rafael Fonteles contratou empresa de saúde online sem licitação e com erro de cálculo”, diz o subtítulo da matéria. Segundo a matéria, o governo do Piauí contratou uma empresa de consultas médicas online por R$ 379 milhões, com dispensa de licitação.

Contudo, o contrato apresenta um erro de cálculo com uma diferença de milhões de reais. Diz trecho da matéria: “O valor da assinatura para cada teleconsulta com clínico geral é de R$ 1,25 multiplicado pelo número de habitantes no estado – 3.289.290 – independentemente se irão usar ou não o serviço. O montante registrado no contrato é de R$ 49,3 milhões, mas o cálculo correto é de R$ 4,1 milhões”.

E completa: “Já as consultas com especialistas como neurologistas, cardiologistas e psiquiatras, por exemplo, estão orçadas em R$ 2,75 cada por habitante. Segundo o documento, o valor total seria de R$ 108 milhões, mas o cálculo correto é R$ 9,04 milhões, assumindo o mesmo número de consultas”. Quem inicialmente divulgou a informação foi o portal Manchete Nacional, que mostrou que o valor do contrato, com validade de um ano — de outubro de 2023 a dezembro de 2025 —, passou de R$ 180 milhões para R$ 379 milhões. Os recursos utilizados são federais, do Sistema Único de Saúde (SUS).

Por fim a reportagem fala sobre o governador Rafael Fonteles ser bacharel em Matemática, mestre em Economia e premiado nas Olimpíadas Internacionais de Química (2002), Física (2002) e Matemática (2004), como uma espécie de ironia por conta do erro de cálculo. Em nota, o Governo do Estado respondeu que o “contrato firmado entre a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) e a Integra Saúde Digital foi celebrado com fundamento no art. 74, inciso I, da Lei nº 14.133/2021, mediante inexigibilidade de licitação e teve sua legalidade reconhecida pelo Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Piauí”.

CLIQUE AQUIe confira a reportagem do Portal Metrópoles.

(Fonte:Portal OitoMeia)

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