Ruim por ruim, Jobim, Amorim

                                                               
Carlos Brickmann *
Nelson Jobim assumiu o Ministério da Defesa prometendo mais espaço nos aviões para os passageiros, fim das filas nos aeroportos, reequipamento da Força Aérea Brasileira, salários mais decentes para as Forças Armadas. Não deu certo: nos aviões de passageiros, só falta um sentar no colo do outro para caber mais gente, os aeroportos estão saturados, o número de controladores de voo continua insuficiente, o reequipamento da FAB, com caças supersônicos, continua agendado para o Dia de São Nunca. O salário dos militares se mantém aviltado.

Mas Jobim não caiu pelas promessas não cumpridas. Ele cometeu um pecado muito maior: disse em quem votou, disse que a ministra Ideli Salvatti é fraquinha, disse que a ministra Gleisi Hoffman não conhece os mecanismos de Brasília – e quem o negaria, lembrando que Ideli nunca se notabilizou pela habilidade e que Gleisi, que sempre fez política estadual, só neste ano chegou à área federal? Jobim, com toda a sua habilidade e experiência, deveria saber que transpôs o limite do inaceitável: o Governo não admite que alguém diga a verdade.

E o substituto? Celso Amorim, como chanceler, fez com que o Brasil perdesse todas as disputas internacionais e se alinhasse a ditaduras. Estendeu o tapete vermelho para Hugo Chávez. Evo Morales tomou na mão grande, militarmente, a refinaria da Petrobras; Fernando Lugo multiplicou por três o custo da energia de Itaipu; Chávez prometeu investir na refinaria de Abreu e Lima e ainda não pôs a mão no bolso. Celso Amorim é uma rima, e olhe lá; mas jamais uma solução.  (* Jornalista)

Magno Martins

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