Mas Jobim não caiu pelas promessas não cumpridas. Ele cometeu um pecado muito maior: disse em quem votou, disse que a ministra Ideli Salvatti é fraquinha, disse que a ministra Gleisi Hoffman não conhece os mecanismos de Brasília – e quem o negaria, lembrando que Ideli nunca se notabilizou pela habilidade e que Gleisi, que sempre fez política estadual, só neste ano chegou à área federal? Jobim, com toda a sua habilidade e experiência, deveria saber que transpôs o limite do inaceitável: o Governo não admite que alguém diga a verdade.
E o substituto? Celso Amorim, como chanceler, fez com que o Brasil perdesse todas as disputas internacionais e se alinhasse a ditaduras. Estendeu o tapete vermelho para Hugo Chávez. Evo Morales tomou na mão grande, militarmente, a refinaria da Petrobras; Fernando Lugo multiplicou por três o custo da energia de Itaipu; Chávez prometeu investir na refinaria de Abreu e Lima e ainda não pôs a mão no bolso. Celso Amorim é uma rima, e olhe lá; mas jamais uma solução. (* Jornalista)
Magno Martins