Durante coletiva de imprensa, o delegado Thiago Silva, da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), informou que três empresários foram presos durante a Operação Mandarim.
Eles são suspeitos de lavagem de dinheiro, que ocorria através da ocultação e dissimulação de patrimônio. Entre eles, o empresário do ramo de roupas, imóveis, eventos e restaurantes, Italo Freire Soares de Sá, também “operador” do deputado federal eleito Jadyel da Jupi.

O Portal R10 apurou, que durante a campanha para deputado federal, Jadyel contou com os “serviços” de Ítalo na articulação para adesão de nomes de prefeitos e vereadores em todo o estado do Piauí, à campanha do então candidato. Ele seria um dos assessores próximos de Jadyel.
Além de ser sócio na loja, Ponto Charme, está entre os empreendimentos de Ítalo, como destacado em seu perfil na rede social, instagram, a IPK Empreendimentos Imobiliários Eireli, que tem registro na Receita Federal como sócio, o empresário Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, apontado como líder da quadrilha, preso no começo do mês.
“Os empresários entravam principalmente na parte de lavagem de dinheiro, ocultação do patrimônio e dissimulação, principalmente na construção de imóveis e a partir disso foi feito o sequestro e bloqueio das aplicações financeiras”, disse o delegado.
O líder do grupo, segundo a polícia, é Paulinho Chinês, preso no dia 09 de novembro com 30 kg de droga. “Um dos países fornecedores dessa droga, cocaína, pasta base, que esse grupo criminoso trabalhava é a Bolívia”, afirmou o delegado.
Ainda segundo a polícia, Paulinho Chinês investia todo os seus ganhos do tráfico de drogas em imóveis. Ele também era o responsável por negociar os entorpecentes. “Os empreendimentos eram diretamente ligados e construídos com o dinheiro do tráfico. O líder dessa associação para o tráfico, Paulinho Chinês, tinha a cultura de investir todos os seus ganhos obtidos com o tráfico de drogas na construção de imóveis. O próprio Paulinho Chinês negociava a droga. Depois de um certo tempo ele passou a não ter nenhum intermediário nessa compra de entorpecente”, completou o delegado. (R10)