Coluna do Estadão – Andreza Matais
Janaina Paschoal conta que uma das suas condições para aceitar a vaga de vice do presidenciável Jair Bolsonaro é participar das decisões do eventual governo. “Se ele quer uma pessoa para trabalhar, tudo bem. Mas se for para dizer amém eu não vou”, afirma.
“Terei que mudar toda minha vida. Eu tenho que ir para representar as pessoas que vão confiar em mim.” Sobre ter irritado interlocutores do candidato ao falar, em discurso na convenção, que não admite o pensamento único, ela afirma que o PT já fez isso e não deu certo. “Lula é quem diz ‘nós contra eles’. Isso não aceito.”
Janaina Paschoal rompeu com o jurista Miguel Reale, seu amigo de anos, depois que ele passou a pressioná-la a desistir do pedido de impeachment de Dilma Rousseff.
Os dois foram autores da peça que levou a cassação do mandato da petista, mas Reale avaliou que o pedido da OAB deveria prevalecer ao deles. O caso é contado na campanha de Bolsonaro para demonstrar que Janaina perde amigos para defender suas convicções.