O fato marcante na política estadual, na semana passada, foi a revoada dos deputados-secretários para a Assembleia Legislativa. Uma renúncia coletiva dessa forma, fora do prazo de desincompatibilização, sem rompimento político e em início de governo, é inusitada.
A volta dos deputados para suas cadeiras deixou seis suplentes da base governista sem teto. Eles ainda estão nos corredores da Assembleia Legislativa e do Palácio de Karnak em busca de um novo abrigo.
De início, eles quiseram ocupar as secretarias abandonadas pelos deputados titulares dos mandatos. O governador Wellington Dias não aceitou a permuta.
Os deputados deixaram as secretarias mas deixaram pessoas de sua confiança tomando conta de suas cadeiras, com o aval do governador, pois eles prometem retornar ao governo no final do ano.
A economia
Para o bem ou par o mal, os deputados acabaram prestando um serviço relevante ao Estado, já que nas secretarias eles não estavam conseguindo fazer praticamente nada.
A exceção era Fábio Novo (PT), que não dava sinais de haver perdido o fôlego na Cultura. Ele vinha mantendo o dinamismo e as realizações da gestão anterior. Informou-se que a convocação de um suplente de deputado gera uma despesa extra de pelo menos R$ 90 mil reais ao mês. Sendo assim, a economia mensal para o Estado com os suplentes fora da Assembleia Legislativa passa a ser de R$ 540 mil.
E logo, logo vai-se ver que nem os suplentes fazem falta na Assembleia nem os deputados fazem falta no secretariado.