O vice-presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Ferreira de Sousa, disse na manhã de sábado, ao ser entrevistado no programa Espaço Sindical, da rádio Difusora de Teresina, que a anunciada “privatização” dos serviços da Agespisa não vai atingir 30% da empresa, como disse o presidente Raimundo Neto Nogueira, mas 70%.
Segundo Ferreira, a Agespisa vai ficar sem a ETA (Estação de Tratamento de Água), sem reservação e sem distribuição. “A empresa que sublocar os serviços vai ficar com toda a produção de água e a Agespisa vai ter que comprar água para vender à população”, observou. “Essa estória de sublocar 30% é pura balela. Ele {Raimundo Neto} quer mesmo é privatizar”, acrescentou.
Na opinião de Ferreira a Agespisa não está quebrada. Ela precisa de gestão eficiente, passou a arrecadar este mês R$ 27 milhões, mas trabalha sempre com déficit há muito tempo por causa das gestões fraudulentas. Ele citou que a empresa tem três comissões de licitação porque se uma delas tomar uma decisão não agradável ao presidente, este dá um jeito para pôr outra em ação e fazer do jeito que quer, ou seja, contratar quem bem quiser.
O sindicalista disse que a diretoria não participa de nada e que o presidente Raimundo Neto decide tudo sozinho. Todos os diretores, incluindo o presidente, não são do quadro da empresa. Segundo ele, alguns diretores, mesmo sem ser ouvidos pelo presidente, não concordam com a terceirização.
Por Domingos Bezerra Filho
