STF cancela 3,4 milhões de títulos, a maioria no Nordeste, maior reduto do PT

Carolina Brígido
O Globo

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta quarta-feira pedido do PSB para permitir que os eleitores que perderam o prazo do cadastramento biométrico sejam autorizados a votar nestas eleições. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há 3,4 milhões de títulos nessa situação, porque seus portadores não compareceram à revisão eleitoral, ocorrida entre 2016 e 2018. O recadastramento ainda não foi totalmente concluído no país. Até agora, a maior parte dos títulos cancelados está na Região Nordeste, com 45%.

Os ministros do STF explicaram que o recadastramento servia não apenas para cadastrar os dados das impressões digitais dos eleitores, mas também para verificar quem está apto a votar.

INSEGURANÇA – Ainda segundo os ministros, inserir todas essas pessoas na lista de votantes às vésperas das eleições provocaria insegurança na votação. Em parecer enviado ao STF, o TSE afirmou que uma liminar concedida agora poderia prejudicar o calendário eleitoral, por falta de capacidade técnica de ampliar a lista de votantes agora. Ainda segundo o setor, a demanda envolveria “custos e eventuais licitações ou aditamentos de contratos já firmados”.

Barroso lembrou que a Justiça Eleitoral divulgou amplamente a necessidade de recadastramento por meio da biometria no período em que foi feito o procedimento. Ele também afirmou que, com base em dados do TSE, para restabelecer a validade dos títulos, seria preciso refazer a listagem de eleitores de 1.248 municípios afetadas pelos cancelamentos – o que seria operacionalmente complicado.

BAHIA PERDE MAIS – O estado onde mais eleitores tiveram os títulos de eleitores cancelados foi a Bahia, com 586.333, o que representa 5,6% do eleitorado local, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em São Paulo, o número de cancelamentos foi de 375.169 (1% do total de eleitores do estado). No Paraná, foram 257.941 títulos cancelados, o equivalente a 3,2% do total de eleitores. Já no Ceará, a quantidade de cancelamentos foi de 234.487 (3,7% do eleitorado).

Em termos percentuais, depois da Bahia, o maior impacto aconteceu em Goiás, onde 4,9% dos títulos foram cancelados (219.426), e no Maranhão, onde a taxa de cancelamentos foi de 4,7% (216.576 títulos).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– É claro que o cancelamento de 3,4 milhões de títulos terá efeitos nas eleições. Mas ninguém pode dizer quem sofrerá mais prejuízos, porque urna é igual a cabeça de juiz, ninguém sabe o que tem dentro. Mas todos sabem que o Nordeste é reduto do PT(C.N.)

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