Por: Nataniel Lima
Carlos Augusto Nogueira tinha 61 anos quando morreu às 8h da última terça-feira (25/12). Carlos era juiz e foi levado ao Hospital de Urgência de Teresina ao ser encontrado desacordado com um disparo de arma de fogo na cabeça no início da manhã daquele dia. Carlos era titular do Juizado Especial Cível e Criminal do bairro Horto Florestal na zona Lsste de Teresina. O velório aconteceu até as 18h na capela do cemitério Jardim da Ressurreição.
Através de nota, a Associação dos Magistrados Piauienses prestou suas condolências à família do magistrado.
Confira:
É com o mais profundo pesar que a Associação dos Magistrados Piauienses recebe a notícia do falecimento do juiz Carlos Augusto Nogueira, ocorrido nesta terça-feira, dia 25 de dezembro, em Teresina.
Em virtude desta perda imensurável, a Amapi se solidariza com a dor dos familiares e amigos de Carlos Augusto e que com ele conviveram nas esferas profissional e pessoal, rendendo homenagens ao trabalho do estimado juiz em sua carreira na Magistratura.
Em nome dos magistrados piauienses, a Amapi transmite condolências e solidariedade à família e amigos, desejando que Deus os conforte e os console neste momento de profunda dor.
O velório acontece na capela do cemitério Jardim da Ressurreição, e o sepultamento está previsto para as 18 horas.
Teresina, 25 de dezembro de 2018.
SUICÍDIO
Eulaliany Kelly (Foto: Nataniel Lima/OitoMeia)
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que anualmente mais de 800 mil pessoas tiram intencionalmente a própria vida. Entre os motivos que levam uma pessoa a realizar o ato está o sofrimento psicológico. “Por exemplo: um abuso sexual, violência familiar, perda de emprego, relacionamento”, ressaltou a psicóloga Eulaliany Kelly, especialista em saúde mental, em entrevista anterior ao OitoMeia.
De acordo com Eulaliany, é preciso entender que cada pessoa reage diferente aos tipos de sofrimentos psíquicos. Por conta disso, algumas delas enxergam o suicídio como uma alternativa para aliviar o sofrimento vivido em determinado momento da vida.
COMO IDENTIFICAR
“Não dá para saber se a pessoa é suicida ou não. O que é possível é identificar, de acordo com o histórico do sujeito, são algumas mudanças comportamentais. Tipo: ele era uma pessoa extrovertida e da noite para o dia fica uma pessoa de baixo astral”, conta a psicóloga. De acordo com a especialista em saúde mental, a conversa é essencial nesses momentos.
COMO PREVENIR E AJUDAR
Após perceber a mudança de comportamento de um indivíduo e o indagá-lo sobre seus pensamentos relacionados a tirar a própria vida, a psicóloga alerta para algumas formas de prevenção, tais como retirar de perto objetos que possam facilitar a pessoa a fazer qualquer ato contra a própria vida. “Cordas, produtos tóxicos, armas, deixe tudo isso distante da pessoa. E, claro, esteja sempre com ela. Dando apoio. É uma parte importante isso”, declara.
MITOS SOBRE O SUICÍDIO
1 – As pessoas que falam sobre o suicídio não farão mal a si próprias, pois querem apenas chamar a atenção.
2 – O suicídio é sempre impulsivo e acontece sem aviso.
3 – Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se
4 – Quando um indivíduo mostra sinais de melhoria ou sobrevive a uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.
5 – O suicídio é sempre hereditário.
6 – Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre alguma perturbação mental.
7 – Se um conselheiro falar com um cliente sobre suicídio, o conselheiro dará a ideia de suicídio à pessoa.
8 – O suicídio só acontece “àqueles outros tipos de pessoas,” não a nós.
9 – Após uma pessoa tentar cometer suicídio uma vez, nunca voltará a tentar novamente.
10 – As crianças não cometem suicídio dado que não entendem que a morte é final e são cognitivamente incapazes de se empenhar num ato suicida.De acordo com o professor, todos os mitos listados acima são falsos.AJUDA
CVV
Para ouvir uma palavra amiga em momentos difíceis o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende a qualquer momento do dia através do número (86) 3222-0000.
A Prefeitura Municipal de Teresina também lançou um projeto de prevenção ao suicídio. Trata-se de um ambulatório chamado de “Provida”, voltado para o atendimento de pessoas com ideias suicidas ou que já tentaram o suicídio. A Prefeitura de Teresina mantém o serviço no Lineu Araújo, das 8h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta-feira, com uma equipe formada por um médico e dois psicólogos. O atendimento inicial não precisa de marcação de consulta.