Estado deve mais de R$ 1,4 bilhão para empreiteiros e fornecedores

 

A matéria de capa do jornal “Diário do Povo” desta quinta-feira, assinada pelo jornalista Luciano Coelho, desnuda a realidade dos débitos do governo do Estado, sob o comando de Wellington Dias, que deseja a qualquer custo se perpetuar no poder e vai fazer o diabo, se deixarem, para conquistar o 4º mandato, com o apoio de velhas e carcomidas lideranças políticas que ele está comprando, cooptando, iludindo.

O valor é quase um milhão e meio de débitos. Segundo a nota, o dinheiro de mais um empréstimo que o governo espera receber do governo federal não cobre a dívida e nem dá para fazer as obras anunciadas.

A Associação Piauiense de Obras Públicas (Apeop) divulgou nota sobre o risco dos empreiteiros não receberem dinheiro do governo do Estado. A Apeop tem 72 Associados, sendo que a somente 30% deles o Estado deve 120 milhões. A dívida total com a Empreiteiros Associados passa de 400 milhões. 

Os demais fornecedores seriam os credores de outros R$ 1 bilhão. O presidente da Apeop, Arthur Feitosa, disse que o período eleitoral combinado com o histórico de contratações, sem recursos garantidos, sugere que os associados tenham o máximo de cautela para participarem de licitações e observar a fonte de recursos para custear as obras.

Eis a íntegra da nota da Apeop:

A Associação Piauiense dos Empresários de Obras Públicas, APEOP-PI, através da sua diretoria vem alertar aos empresários associados sob os riscos das contratações de obras para o Governo do Estado do Piaui.
Considerando que nos últimos doze anos sem exceções, o governo do estado do Piauí, vem tratando com profunda desídia as relações assumidas com as pequenas e medias empresas de engenharia;
Considerando que não existe no sistema de pagamentos do governo do Estado um cronograma de liberações por ordem de entrada;
Considerando que já existem milhares de obras paralisadas por falta de pagamentos, colocando pequenos e médios empresários em situação falimentar;
Considerando que não existe uma politica de saneamento das contas públicas que possa trazer tranquilidade aos prestadores de serviços, haja vista que o Estado se encontra sempre na necessidade de continuados empréstimos;
Considerando a situação de extrema preocupação provocada pelas últimas ações que buscam esclarecer as prestações de contas em aberto dos empréstimos, colocando várias empresas e obras sob suspeita;
Considerando o período eleitoral que se avizinha, combinado com o péssimo histórico de vultosas contratações, sem recursos garantidos, para atendimento das promessas de campanha;
Sugerimos a nossos associados que tenham a máxima cautela na participação de licitações, observando principalmente, a fonte de recursos que irá custear os objetos. Toda cautela é necessária para que essas empresas não venham a se colocar numa situação de dificuldades financeiras devido a histórica inadimplência junto aos contratos firmados com o Governo do estado do Piauí