A pré-candidata a governadora do Piauí e diretora de Administração e Finanças no Sebrae, Margarete Coelho (PP) direcionou sérias críticas ao Governo do Estado, afirmando que o Piauí tem duas faces: a real e a das propagandas oficiais. Para a ex-vice-governadora, Piauí está insatisfeito com a gestão de Rafael Fonteles (PT).
Margarete, que é uma das maiores apostas da oposição para as eleições de 2026, destacou que o Piauí não apresentou crescimento, com exceção dos impostos.

“O que nós temos ouvido é uma enorme insatisfação. As pessoas estão vendo que o Piauí de verdade não é o Piauí da propaganda oficial. Não está tudo bem não, está tudo muito ruim. O Piauí é o 2º estado menos desenvolvido do Nordeste. Ou seja, nós não podemos ter esperança de dar o que nosso povo precisa sem gerar emprego, renda, só com aumento de impostos? O Piauí tem uma das maiores cargas tributárias do Brasil. Como vamos ter investimento aqui?”, comentou.
A progressista citou o hidrogênio verde, a educação e a segurança como áreas onde as propagandas lançadas pelo Executivo estadual não condizem com a realidade.
“Nós ouvimos o governador e a propaganda dizer que estariamos na frente da China em hidrogênio verde e nós vimos que nem energia suficiente para produzir hidrogênio verde nós não temos. O Ceará já está produzindo um pier só para exportar hidrogênio verde. Temos uma frustração enorme de quem acreditou no governador. Nós vimos o governador dizer que somos os primeiros em segurança pública, [mas] o mapa da violência mostrou que o Piauí está nas manchas vermelhas de violência”, disse.

A pré-candidata também citou a crise hídrica, destacando a permanência do uso de carros-pipa no estado.
“Ouvimos dizer que nossa educação é a melhor do Brasil, entretanto, o mapa do analfabetismo mostra que o Piauí foi um dos estados que mais cresceu. Precisamos ouvir o povo, [que] está morrendo de sede e nós terceirizamos a água para uma empresa que não tem a menor condição de atender, não tem vontade política. Em pleno século XXI e ainda dependendo de carro pipa”, concluiu. (Guilherme Freire)