Por:Arimateia Azevedo
Começou ontem a temporada do palanque eletrônico em rádio e TV. É um tempo em que entram em campo as promessas travestidas de lindas palavras e vernizes tecnológicos. Também é o tempo em que tudo parece fácil de ser resolvido, porquanto em campanha a única conta que importa é o dinheiro para pagar as despesas que se avolumam. Pois bem, diante de promessas que não cabem nos orçamentos públicos das cidades, cabe ao eleitor identificar o charlatanismo eleitoral, aquele que surge em meio a proposições que simplesmente não poderão ser cumpridas por absoluta incapacidade financeira ou porque não existe como por em prática certos projetos, porque não cumprem normas técnicas e ambientais mínimas. Cabe lembrar aos candidatos que, apesar de muita gente considerar a ideia de que o povo é uma plateia pascácia a ser iludida, convém agir com parcimônia quando o assunto é promessa. A maioria dos eleitores é, sim, formada por pessoas com instrução formal menor que os candidatos, porém isso não pode ser entendido como um salvo conduto para promessas malucas ou irrealizáveis. É sempre bom dizer que não se pode confundir escolarização com sabedoria. São duas coisas distintas e quem sabe disso costuma ser mais bem sucedido na conquista dos eleitores.