Um tubarão lixa foi encontrado encalhado por banhistas ainda vivo e com ferimentos no último sábado (28) na praia Peito de Moça, no município de Luís Correia, litoral do Piauí. Em seguida, o animal foi devolvido para o mar pelos banhistas.
De acordo com Cézar Fernandes, engenheiro de pesca e professor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), a espécie é fácil de ser encontrada na região, e é considerada dócil.
Para o engenheiro, o animal ficou encalhado possivelmente devido a um acidente ocasional ou uma variação da maré.
“Isso é bastante comum ao longo do litoral brasileiro, muitas espécies de peixes e tubarões ocasionalmente aparecem debilitados na praia por acidentes com redes de pesca ou simplesmente por uma variação rápida da maré “, explica o professor.
Segundo a bióloga do Instituto Tartarugas do Delta, Verlane Magalhães, o litoral do Piauí está inserido dentro de uma unidade de conservação ambiental federal a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba (APA). É uma região protegida que funcionam como área de descanso, alimentação, refúgio e reprodução para várias espécies, inclusive muitos ameaçadas de extinção.
“Com a realização dos trabalhos de monitoramento de praia desenvolvido pelo instituto, conseguimos envolver moradores, pescadores e visitantes nos trabalhos de manejo e conservação das espécies encontradas na nossa região. Toda informação é importante, para registrar ocorrência, pensar nas possibilidades de coleta de material biológico, resgate ou até mesmo dependendo da situação, devolver os animais para a natureza” comentou a bióloga que foi acionada no momento da ocorrência.
A bióloga Geórgia Aragão, que faz parte do grupo de pesquisas Global Skark Meat Trad, que reúne pesquisadores de várias partes do mundo para estudar sobre bioecologia e consumo de carne de tubarões e raias. Ela informa o que se deve fazer caso encontre um animal encalhado.
”O ideal é entrar em contato com equipes especializadas, grupos de pesquisa, Bombeiros e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).Para evitar possíveis acidentes, não se deve ter contado direto com o animal”, alertou.
Contatos:
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)- (86) 3321-1615. O número redireciona para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais)
(cidadeverde)