Um dos últimos vestígios da época de riqueza e desenvolvimento de Parnaíba no século XX, o edifício da empresa Moraes S.A,, bairro do Carmo na zona norte, está com os dias ou meses contados e pode virar uma montanha de entulho. Até a administração do prefeito Florentino Neto (PT) o edifício abrigou o Centecart, Centro Tecnológico de Arte.
Toda a área está dentro do perímetro de tombamento do IPHAN e não vem recebendo a devida atenção deste órgão e de outros com responsabilidade sobre o patrimônio histórico e arquitetônico de pedra e cal, como a Secretaria Estadual de Cultura e as secretarias municipais de Cultura e de Turismo.
Na manhã desta sexta-feira o historiador Cosme Costa Sousa declarou que a situação é muito delicada e precisa que sejam tomadas atitudes urgentes que podem comprometer o perfil de cidade histórica. “O local está sendo demolido pelos vândalos que vivem no centro histórico de Parnaíba”, disse.
A antiga rua do Comércio e as instalações internas estão agora muito comprometidas. Lixo, sujeira, restos de telhado e de paredes, tudo no edifício da empresa Moraes S.A. está virando ruínas e lugar de abrigo para moradores de rua e esconderijo de drogados que circulam pelo Complexo Turístico do Porto das Barcas e chegam à noite à praça da Graça.
Desde 2001, na administração do prefeito Paulo Eudes Carneiro, estes imóveis, segundo Cosme Sousa, pertencem à prefeitura. Toda a região do Complexo do Porto das Barcas está muito deteriorada pela ação do tempo e de descaso de alguns proprietários de imóveis que não cuidam de seus bens. “Temos que tomar uma providência urgente, pois a área está no tombamento federal e municipal”, concluiu Cosme Sousa. Fotos: Cosme Sousa.