O vereador Joãozinho do Trânsito (PSL) apresentou na semana passada, na Câmara Municipal, um requerimento aprovado em plenário, solicitando da prefeitura, através do setor competente, os estudos necessários de viabilidade da construção de um Shopping Popular “para atender as reivindicações dos camelôs e ambulantes que trabalham de forma precária na Praça dos Poetas, antigo terminal de ônibus no centro de Parnaíba”. Para ele a medida daria também uma utilidade à praça, hoje utilizada por drogados, que deveria receber, consequentemente, iluminação e segurança adequadas.
Em aparte o vereador Irmão Marquinhos, pedindo para se associar à matéria, destacou a necessidade de “se pensar grande. Penso um dia ver em Parnaíba um shopping dos camelôs, como o de Teresina, com os comerciantes em local digno, com banheiro. É importante que o gestor veja isso com carinho, porque ele também vai ganhar com isso, porque vai fortalecer o comércio. A sugestão é muito importante, porque daria uma utilidade à Praça dos Poetas”, disse o vereador, lembrando que necessidade da consulta o IPHAN, já que a praça está em local tombado pelo Patrimônio Histórico.
Shopping dos Camelôs
O ex-prefeito Florentino Neto prometeu na campanha eleitoral de 2012 que, se eleito, construiria um shopping dos camelôs no mesmo local sugerido pelo vereador Joãozinho do Trânsito. Vitorioso na campanha, em maio de 2013 foi ao local onde trabalham os ambulantes ao redor da praça e mostrou um projeto, que deveria ser executado em seguida.
“É um projeto simples mas extremamente funcional, que vai contemplar 158 pequenas lojas, com 8 banheiros, inclusive um para deficientes, cujas lojas vão acomodar os camelôs que estão hoje na Rua Marechal Deodoro e na Praça Coronel Jonas, e outros que estão ao redor da Praça dos Poetas. Queremos poder acomodar essas pessoas para que elas possam exercer suas atividades econômicas e sustentarem suas famílias com dignidade”, explicou o prefeito naquela ocasião.
Florentino por quase 4 anos ficou adiando o início da construção da obra, orçada na época em R$ 700 mil reais, que terminou não ocorrendo. Justificava na época que o IPHAN fez várias exigências, modificando o projeto original, que ficou mais caro, em torno de um milhão e 200 mil, que seriam complementados pelo governo do estado, segundo promessa do governador Wellington Dias. Derrotado na eleição de 2016, Florentino não construiu a obra e os recursos, 700 mil reais que, segundo ele, estariam assegurados, não sabe a destinação final.
Fonte:Jornal “Tribuna do Litoral”
Texto: Bernardo Silva; Foto:Camila Neto
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