Vice-presidente diz que agora é a vez do Piauí

Por:Zózimo Tavares

Depois de receber o título de cidadão piauiense, o vice-presidente Michel Temer retornou ontem para Brasília com o diploma outorgando-lhe a honraria na mala e uma cesta de pedidos apresentados pelas lideranças políticas estaduais. Pedidos ousados, diga-se. São eles: refinaria de petróleo, siderúrgica, montadora de automóveis e gasoduto.
Quem viu a lista de reivindicações feitas ao vice-presidente deve ter se beliscado: “Será que estou ouvindo isso mesmo?” O que terá iluminado as cabeças de nossas lideranças ao ponto de fazê-las pensar grande e pedir para o Piauí projetos arrojados que jamais frequentaram os sonhos da atual geração de políticos?
Líder tarimbado, o vice-presidente da República não desapontou seus novos conterrâneos. Nem levou em conta que aquela pauta de reivindicações estava sendo apresentada em momento inadequado. Um título de cidadania é uma honraria que se presta em sinal de reconhecimento. Não é uma cobrança. Nem moeda de troca.
Pois bem! Tarimbado como é, o vice-presidente fez de conta que não sabia disso. E fez de conta também que desconhecia a lenga-lenga oficial sobre as potencialidades do Piauí. Ouviu a todas as reivindicações atentamente, como se fora o presidente da República em pessoa. Na sua vez de falar, deleitou a plateia. O vice-presidente afirmou que irá defender o Piauí dentro do Governo Federal e que o Estado tem potencialidades que devem ser exploradas.
O governador Wilson Martins sintetizou, em entrevista, o sentimento de euforia que dominava a todos, naquele momento: “Se o Maranhão tem o senador José Sarney, agora nós temos no Piauí o vice-presidente da República”. Em outras palavras, sai da frente! Ou como disse Michel Temer, “agora é a vez do Piauí”.
No avião, de volta para Brasília, o vice-presidente só pode é ter dado umas boas gargalhadas. 


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