Por: Zózimo Tavares
Ou o governador Wellington Dias não tem efetivamente o que mostrar ou, agora, no começo do quarto mandato, já se cansou dessas bossas.
O fato é que passou em brancas nuvens, ontem, o transcurso dos primeiros 100 dias de seu novo mandato. O governo não deu um pio sobre o assunto.
Diante do silêncio do governo, que sempre foi fanfarrão nessas ocasiões, a oposição aproveitou para dar o seu recado.
O presidente regional do PSDB, Luciano Nunes, que foi candidato a governador no ano passado, postou um vídeo nas redes sociais afirmando que Wellington nada tem a apresentar. “Não tem sequer secretário”, criticou. E acrescentou: “Acumula dívidas e obras paradas”.
Conforme ainda o tucano, “O governo está amarrado aos compromissos políticos assumidos na eleição”. Assim, em 110 dias, apenas pagou a folha de salários. “E o povo fica sem educação, saúde, segurança, assistência e infraestrutura. Sem respeito e sem dignidade”.
Luciano Nunes disse ainda que, em 100 idas, o governo fez propaganda do que não fez, as dívidas crescem e o Piauí já não conta com o aval de Brasília para os empréstimos”. E concluiu:
“Os terceirizados não recebem há meses, os fornecedores não são pagos, hospitais são interditados, a polícia para e o crime domina. Em 100 dias,
o governador tirou férias e fez duas viagens ao exterior. O Piauí sangra. Nada temos a comemorar.”
POIS É!
Tiro pela culatra
Os governadores do Nordeste, que formaram uma frente antibolsonaro, parece que ainda não aprenderam uma regra simples da matemática política: essa posição deles afasta os investidores da região.
Ninguém vai querer montar um negócio em um Estado que vive às turras com o governo federal.
Sintonia
Quando há harmonia entre os três níveis de poder as coisas são difíceis, para os empreendedores, imagine quando se estabelece entre eles, os governos, o conflito político, que arrasta para si todos os demais.
A estas alturas, Bolsonaro deve estar dando é boas gargalhadas.
Balanço
A oposição está no seu papel de malhar o governo, de cobrar ação e fiscalizar seus atos.
As críticas dela ao governador Wellington Dias, pela passagem dos primeiros 100 dias do novo mandato, não levam em conta ações positivas como a reforma administrativa.
E a reforma?
A reforma não foi um passo curto, para um governo que sempre fez todo tipo de malabarismo para acomodar os aliados, sem preocupação com o tamanho, o peso e a eficácia da máquina administrativa.
A propósito, essa reforma foi reiteradamente pedida pela oposição.
