Governador Wellington Dias no Supremo
Dois fatos ganharam repercussão na política estadual na semana que passou.
Um foi a briga do governador Wellington Dias contra a Caixa Econômica, no Supremo Tribunal Federal (STF), para liberar o empréstimo de R$ 315 milhões.
O outro foi a busca da Polícia Federal no gabinete e na residência do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, em nova operação da Lava Jato.
O empréstimo travado
Na semana passada, o Governo do Estado divulgou uma decisão do ministro Edson Fachin, do STF, com a informação de que a Caixa deveria liberar em 72 horas o empréstimo do Piauí que está travado no banco.
Em cumprimento a decisão judicial, a Caixa apresentou ao Supremo, na quinta-feira, o cronograma de desembolso desse empréstimo. Mas esse cronograma foi para o STF com uma espécie de carimbo vermelho.
Prestação de contas
A Caixa juntou ao cronograma uma série de condições as quais estaria obrigada a cumprir para liberar os recursos. E citou entre elas a análise da prestação de contas da primeira parcela do empréstimo de R$ 600 milhões já repassada ao Estado.
Ainda na quinta-feira, o Governo do Piauí, através da Procuradoria Geral do Estado, apresentou ao ministro Fachin o pedido para que o Supremo obrigue a Caixa a liberar o empréstimo em 48 horas.
O Governo do Piauí acusou a Caixa de ter repassado informações erradas para o STF, com o objetivo de prejudicar o Estado. Em outras palavras, o Governo do Piauí chamou a Caixa para a briga.
Manobra política
Ainda na sexta-feira, o governador se reuniu com o ministro Fachin, a quem apresentou um memorial sobre o empréstimo, com o objetivo de agilizar a sua liberação.
O Governo do Piauí está certo de que de que manobras políticas de bastidores impedem a liberação dos valores, daí ter recorrido ao Supremo, que, no entanto, ainda não deu a palavra final sobre a questão.
Assim, não existe previsão para a liberação dos recursos.
Por:Zózimo Tavares