Embora afastado para exercer o cargo de ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT) é quem dita as regras na distribuição de verbas orçamentárias pela bancada do Piauí no Congresso. Segundo um diário oficial paralelo local, o ministro petista reuniu os 10 deputados estaduais, o senador Marcelo Castro e a sua suplente, Jussara Lima (PSD) para definir o destino das emendas de bancada.
Mas quem brilhou por lá foi a estrela do governador Rafael Fonteles, que cumpriu agenda no interior e está de malas prontas para sua maia uma viagem internacional e não foi à reunião.
Tem sido praxe o governador comparecer a esses encontros, mas Fonteles já tinha sido o que queria: mais dinheiro para a saúde. E conseguiu.
Os congressistas concordaram que recursos das emendas de bancada devem ir para a saúde. Mesmo os de oposição ficaram ao lado de Rafael.
Caso de Átila Lira, que em rede social publicou a mesma foto que os colegas, informando defender com demais parlamentares, “prioridades como o reforço na saúde, seguindo a solicitação do governador Rafael Fonteles, e investimentos no programa de aquisição de alimentos (PAA), fortalecendo assim nossa agricultura familiar.
Essa orientação é a mesma de Merlong Solano que “herdou” a cadeira de deputado federal da esposa de Wellington Dias, dizer que acatava a sugestão do governador para enviar recursos à área da saúde “uma demanda prioritária para o povo do Piauí”.
Outro ponto anotado por Merlong é assegurar investimentos para o programa de aquisição de alimentos, o PAA, e apoio na Atenção Primária à Saúde e para os programas municipais de assistências social.
O coordenador da bancada, Flávio Nogueira (PT), disse que os congressistas estabeleceram “algumas prioridades em relação à área de saúde pública, que vão definir uma atuação conjunta da bancada, no sentido de garantir mais recursos e outros benefícios para o nosso estado”.
Marcos Nogueira, do MDB, foi outro que concordou em dar um tratamento especial à área da saúde, que “é sempre uma demanda da população”, mas citou obras estruturantes, como a manutenção de rodovias e duplicações de trechos das BR’s 316 e 343.
O que fica para cada um
Virou praxe no legislativo deputado (estadual e federal) e senador definir onde aplicar o dinheiro das suas emendas, fazendo indicações dos que vão executar, no caso de obras de engenharia, as construtoras e em caso de prestação de serviços ou compras de medicamentos ou material hospitalar, as empresas contratadas. Não é segredo, embora condenável, a maioria se beneficia financeiramente.
Fonte: Portal AZ