Wilsão nega-se a conversar com professores grevistas

Na manhã desta terça-feira (22/02) o governador Wilson Martins (PSB) voltou a falar sobre a greve dos professores da rede estadual de ensino, que já passa de uma semana. Para o governador a greve é ilegal e prejudica as famílias mais pobres. Por conta disso ele já entrou na justiça pedindo a ilegalidade da paralisação, que é feita pelos trabalhadores da educação do Piauí por tempo indeterminado.
“Eu não converso com grevistas. Só vamos negociar quando os grevistas continuarem com as aulas. Não tem sentido. Nós não podemos pagar um salário que o Brasil não paga, nós não podemos pagar um salário que não é lei, nós vamos aguardar a votação do projeto de lei no Congresso. Admito que salário de professor não é excelente como não é excelente em nenhum lugar do pais. Alunos pobres não podem ser prejudicados por capricho de alguns grevistas que não querem negociar”, afirmou o governador.
Wilson Martins negou que tenha em caixa recursos federais para pagamento de salário dos professores. “É preciso provar isso. Não vale só o argumento, é preciso provar que esse documento existe. É preciso provas, eu não converso com grevistas”, frisou o governador. O Sindicato dos Professores (Sinte) disse que tem sim como provar através de documentação extraída do site do Banco do Brasil. A professora Odeni Silva, do Sinte, disse que já demonstrou vários documentos ao próprio secretário estadual de Educação Átila Lira e que o Governo do estado já deveria ter pago a categoria.
PROFESSORES SOBRE A GREVE
A greve dos professores da rede estadual de ensino teve inicio na segunda-feira do dia 15, semana passada. De acordo com o movimento grevista 90% da categoria aderiu ao movimento e paralisaram as aulas na rede estadual. Os professores perdem aumento salário de 15% e alegam que o governo federal aumentou o repasse dos recursos do Fundeb mas o Estado está destinando o dinheiro para outros fins. O repasse do Fundeb teria aumentado para R$ 45 milhões em 2011, o que justificaria o reajuste salarial, já que a folha de pagamento para todos os servidores é de apenas R$ 30 milhões . O salário não aumenta, mas os descontos, como este de 10% do IAPEP, sim”, denuncia o professor Landim Neto.

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