A estratégia de boca de urna para o dia da eleição é alarmante, com compra de votos disfarçada. A “BU”, como é chamada pelos candidatos a vereador, segundo denúncias, custará entre 100 e 200 reais e deve envolver cerca de 250 mil eleitores só na capital. O eleitor pode receber o pagamento, mas não é obrigado a prestar o serviço, apenas votar.
Os mais experientes em boca de urna acreditam que quem investir deve considerar um “furo” de até 50%. A coluna tomou conhecimento que há candidata a vereadora com 2 milhões de reais guardados para esse esquema, justificando a prática do “campinhonismo” de votos. A Justiça Eleitoral enfrenta grandes dificuldades para fiscalizar esses casos de forma eficaz, mas o uso da inteligência da Polícia Federal nas campanhas milionárias pode ser uma solução. Aprender essas fortunas já seria uma grande ajuda para melhorar o processo eleitoral. Há também pessoas que aparecem em até cinco listas de candidatos.(Silas Freire/Encarando)