A TRAGÉDIA DE ALGODÕES: A NOVELA CONTINUA

Um dos corpos encontrados em Algodões sendo carregado pelos policiais do Corpo de Bombeiros. Morte que poderia ter sido evitada.

O episódio do rompimento da barragem de Algodões, em Cocal, em 2009 foi uma tragédia, cujos desdobramentos ainda estão em curso, como uma ferida aberta, infecta, que incomoda, não quer cicatrizar. E agora expõe a parte mais cruel: de que houve mortes que poderiam ser evitadas com o rompimento da barragem. Houve destruição de toda uma área, com a inundação que os responsáveis pela obra sabiam que iria acontecer, e não preveniram, com a retirada dos moradores que seriam afetados. Portanto, Algodões foi uma tragédia anunciada que poderia ter sido evitada, mas se sabe hoje, que os responsáveis procuraram primeiro salvar seu próprio pescoço. Numa combinação inacreditável, os responsáveis pelos acontecimentos à época, deixaram de preservar vidas, mas cuidaram muito bem do patrimônio da empresa construtora, retirando o maquinário da área de risco.
Cinco anos
Dia 27 deste mês, se terá cinco anos da tragédia de Algodões. 
Haverá audiência pública na Assembleia Legislativa. Haverá, portanto, muita hipocrisia em nome de uma pseuda busca pela justiça.
Livro
Em seu livro Aprendiz de Feiticeiro, o jornalista Zózimo Tavares conta que a tal comissão formada à época pelo governo do Estado para investigar as causas do rompimento da barragem de Algodões nunca se reuniu. 
Fingiram que estavam fazendo alguma coisa.

Em tempo:O Governador da época da tragédia era Wellington Dias, que foi solidário com os presos da Papuda, os mensaleiros,  porém jamais teve o mesmo espírito de solidariedade com as famílias que perderam tudo, deles 
até familiares.(Extraído do Portalaz)

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