Durante os testes deste domingo, no litoral pernambucano, o petróleo duro não é absorvido pelo produto, certamente eficaz no caso de derramamento de petróleo do tipo leve, líquido.
Foi frustrante o teste de um produto brasileiro que era esperança de ajuda para limpar o mar do Nordeste das manchas de petróleo. O teste que seria realizado na segunda (21) foi antecipado para a tarde deste domingo e, infelizmente, a eficácia do produto não se confirmou.
O ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente), que determinou os testes, informou ao Diário do Poder que o produto apresentado em vídeo que viralizou na internet é eficaz apenas para óleo leve. O petróleo venezuelano, que chegou às praias nordestinas, é do tipo pesado, quase na forma de piche.
No vídeo que viralizou, um homem se identifica como Guilherme Queiroz, co-fundador e CEO da empresa Biosolvit, startup de tecnologia aplicada, e realiza uma demonstração do produto, um “absorvedor natural” de petróleo, em dois pequenos tanque transparentes, semelhantes a aquários.
No vídeo, Queiroz despeja o que parece ser um copo de petróleo em cada um dos dois pequenos tanques e, em seguida, no primeiro coloca o que afirma ser um polímero sintético, líder no mercado, segundo Queiroz, largamente utilizado no mundo inteiro para absorção de petróleo.
No vídeo, o produto brasileiro impressiona pela capacidade de absorver o petróleo despejado na água, remediando a situação muito mais rapidamente que o polímero sintético. Guilherme Queiroz explica que se trata de uma tecnologia brasileira e está disponível para ser usada.
Testes científicos serão necessários, segundo explicou o ministro Ricardo Salles, até porque as características do óleo venezuelano, mais denso, tipo piche, são distintas de outras formas do produto.