Pelas redes sociais, um aluno do 3° ano do Ensino Médio da Escola Estadual Edson da Paz Cunha, situada no bairro Nova Parnaíba, denunciou o descaso total que teria se tornado a instituição de ensino. De acordo com o garoto, a insegurança é total, com uso de drogas no horário das aulas e ao lado das salas, assaltos fora e dentro da própria escola, furtos de equipamentos, comida e material escolar. Somado a isso, o futuro candidato a uma vaga na universidade mostra sua preocupação quanto a greve dos professores do Estado, deflagrada esta semana e sem previsão de retorno. Ele, assim como os colegas, teme ter um baixo rendimento no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por conta de tantos fatores desfavoráveis.
“Vejo meu futuro “ameaçado” por conta da onda de violência que vem acontecendo há muito tempo (assaltos dentro e fora da escola, uso de drogas em horários de aulas e ao lado das salas, arrombamentos diários, furtos de equipamentos, comida e material escolar…) e que ninguém faz nada. É ano de Enem, e com essa greve que dizem que é por tempo indeterminado, imagina o tanto de assunto que nós alunos vamos perder!? Logo, sem ter conhecimento dos assuntos, a nota que é de se esperar é bem baixa. Então, o risco de não conseguir entrar na universidade esse ano é muito grande. Isso é, se conseguirmos concluir o ano letivo”, desabafa o garoto.
Ele ainda chama a atenção para o fato de a Gerência Regional de Educação (GRE), estar situada ao lado da escola e assistir de forma complacente a todos estes ataques contra a educação dos jovens. Uma ironia que ele não consegue entender e nem aceitar.
“Por incrível que pareça, a escola fica a alguns metros da Regional, que acredito eu que seja um “órgão” que devia fiscalizar a situação das escolas e estar repassando aos superiores o que vem acontecendo para que fosse tomada alguma providência. Mas parece que ninguém vê o que acontece (ou se veem não fazem nada), nunca foi tomado nenhuma providência e chegamos a este ponto. Agora ficamos aí a mercê dos nossos representantes na direção para que procurem os órgãos responsáveis por fiscalizar a situação das escolas (se é que existe esse órgão), para que seja comunicada a situação atual da nossa escola e uma possível solução para o problema seja criada/adotada/tomada… Nessa história toda, como ficam os alunos? Vão perder o ano letivo? Onde estão as autoridades que nos representam? E agora?”, exclama o jovem estarrecido com a situação.
Por Luzia Paula